FMI DIVULGA NOVAS PREVISÕES PARA A ECONOMIA MUNDIAL

A recuperação da economia mundial continua lenta, com divergências regionais crescentes e pouca margem para erros políticos

PIB brasileiro pode crescer 3,1% em 2023 e ser a primeira vez, nos últimos 13 anos, a superar a média mundial

Carlos Alberto Teixeira de Oliveira*

O FMI – Fundo Monetário Mundial divulgou, no dia 5 de outubro, o seu mais recente estudo sobre a economia mundial, intitulado World Economic Outlook (Perspectiva Econômica Global). A previsão da instituição é que o crescimento global desacelere de 3,5% em 2022 para 3,0% em 2023 e 2,9% em 2024, bem abaixo da média histórica (2000–19) de 3,8%. Prevê-se que as economias avançadas desacelerem de 2,6% em 2022 para 1,5% em 2023 e e alcancem 1,4% em 2024, à medida que o aperto das decisões políticas começa a fazer efeito. Prevê-se que os mercados emergentes e as economias em desenvolvimento tenham um declínio modesto no crescimento, de 4,1% em 2022 para 4,0% em 2023 e 2024. Estima-se que a inflação global diminua de forma constante, de 8,7% em 2022 para 6,9%em 2023 e 5,8% em 2023 e 5,8 por cento em 2023. 2024, devido a uma política monetária mais restritiva, auxiliada pelos preços internacionais mais baixos das matérias-primas. De um modo geral, prevê-se que a inflação subjacente diminua de forma mais gradual e não se espera que a inflação regresse ao objetivo antes de 2025, na maioria dos casos.

As ações e os quadros de política monetária são fundamentais na atual conjuntura para manter ancoradas as expectativas de inflação. O Capítulo 2 do referido estudo apresenta as  tendências recentes nas expectativas de inflação em horizontes de curto e médio prazo e entre agentes. Enfatiza o papel complementar dos quadros de política monetária, incluindo as estratégias de comunicação, para ajudar a alcançar a desinflação com um custo mais baixo para o produto, através da gestão das expectativas de inflação dos agentes. Dadas as preocupações crescentes sobre a fragmentação geoeconômica, o Capítulo 3 avalia como as perturbações no comércio global de matérias-primas podem afetar os preços das matérias-primas, a atividade económica e a transição para a energia verde.

Apesar de prever uma melhora do PIB (Produto Interno Bruto) de 2023, com a volta do Brasil ao nono lugar entre as maiores economias do mundo em valores correntes, o FMI -Fundo Monetário Internacional estima que o País ficará estagnado em oitavo lugar na comparação de paridade do poder de compra.

MUNDO - MAIORES ECONOMIAS – 2023

Ao divulgar o seu relatório Perspectiva Econômica Global, o FMI apontou “uma agricultura dinâmica e serviços resilientes no primeiro semestre de 2023” como os principais motivos para elevar a projeção de expansão do Produto Interno Bruto do Brasil neste ano a 3,1%, vindo de 2,1% em julho e de 0,9% em abril.

Na lista que mostra o Brasil subindo para a nona colocação, a comparação dos PIB’s nacionais é em dólares correntes. Quando o dólar se valoriza na moeda local (como o real, no caso do Brasil), o PIB em dólares cai e vice-versa.

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Os Estados Unidos continua sendo a maior economia mundial e deve terminar 2023 com um PIB de US$ 26,95 trilhões, seguido pela China (US$ 17,7 trilhões) e pela Alemanha que ultrapassou o Japão e deve registrar um PIB de US$ 4,43 trilhões, de acordo com as projeções do FMI. O Brasil está na nona posição em outubro, assumindo o posto ocupado pelo Canadá no relatório de abril da instituição.

TAXA DE VARIAÇÃO ANUAL DO PIB – PRODUTO INTERNO BRUTO

O Ministério da Fazenda já havia revisado, anteriormente, a sua projeção de crescimento da economia nacional para este ano, de 2,5% para 3,2%.  A alteração consta do Boletim Macrofiscal divulgado no dia 18 de setembro depois que o PIB-Produto Interno Bruto do segundo trimestre registrou expansão de 0,9%. O desempenho ficou acima da expectativa do mercado, que previa 0,3%.

Há, ainda, um fator estatístico: como a economia apresentou expansão forte no primeiro e no segundo trimestres, ela sugere aponta um crescimento de no mínimo 3% neste ano, isso se não se verificar queda nos próximos trimestres.  Para 2024, a previsão do governo foi mantida em 2,3%.

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Cabe destacar que o  Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central do Brasil no dia 29 de outubro, teve como destaque o aumento das projeções de Selic (ao ano) ao fim de 2024 e 2025. Para o ano que vem, a nova mediana de mercado foi para 9,25%. Por 11 semanas seguidas a mediana foi de 9,00%. Para 2025, a alta verificada também interrompeu uma sequência de 11 leituras consecutivas de estabilidade, com a mediana atingindo 8,75% ante 8,50%. As expectativas para a Selic ao fim de 2023 não sofreram alterações, permanecendo em 11,75%.

No que tange às projeções de crescimento do PIB em 2023, a mediana desta do Focus veio, novamente, ligeiramente abaixo da observada na semana passada, em 2,89% ante 2,90%. É a segunda redução seguida das projeções, que não caía desde abril deste ano. Já as expectativas para crescimento em 2024 não sofrem alterações há seis semanas, permanecendo em 1,50%.

As projeções de IPCA ao fim deste ano sofreram nova redução nesta leitura, embora que de forma moderada, de 4,65% para 4,63%. Por outro lado, a mediana das projeções para o ano que vem avançou de 3,87% para 3,90%, voltando para o maior nível desde julho deste ano. Por fim, as expectativas de câmbio (reais em dólar) ao fim de 2023 e 2024 não sofreram alterações e permaneceram em 5,00 e 5,05, respectivamente.

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Haddad fala sobre política fiscal, mas segue a desconfiança 

Em entrevista no dia 29 de outubro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ratificou o empenho do governo federal com o controle das contas públicas. “Vou buscar o equilíbrio fiscal de todas as formas justas e necessárias para que tenhamos um país melhor”, disse. Segundo o ministro, não há da parte do presidente Lula nenhum descompromisso, muito pelo contrário. Ele garantiu que “ninguém está aqui afrouxando nada”. Entretanto, Haddad evitou responder se a meta de primário zerado em 2024 será mantida o que contribuiu para pressionar para cima dos prêmios de risco. 

Boa parte da entrevista foi dedicada pelo ministro para destacar o esforço do governo para conter a erosão da base de tributos federais que ocorre em função do abatimento da subvenção do ICMS sobre a base de cálculo da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) e do Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ), conforme permitido pela Lei Complementar nº 160, de 2017. Nesse sentido, Haddad defendeu a aprovação da medida provisória 1185. Ele também atribuiu a queda da receita federal, entre outros fatores, à decisão do que retirou da base de cálculo do PIS/Confins o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) recolhido pelas empresas.   Fernando Haddad assinalou que está buscando soluções junto à presidência do STF e ao Congresso Nacional. “Preciso de apoio político, preciso do Congresso, preciso do Judiciário. Tenho tido até aqui a colaboração tanto de um quanto do outro”, disse o ministro. 

*Carlos Alberto Teixeira de Oliveira é Administrador, Economista e Bacharel em Ciências Contábeis, com vários cursos de pós graduação no Brasil e exterior. Ex-Executive Vice-Presidente e CEO do Safra National Bank of New York, em Nova Iorque, Estados Unidos. Ex-Presidente do BDMG-Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais e do Banco de Crédito Real de Minas Gerais; Foi Secretário de Planejamento e Coordenação Geral e  de Comércio, Indústria e Mineração; e de Minas e Energia do Governo de Minas Gerais; Também foi Diretor-Geral (Reitor) do Centro Universitário Estácio de Sá de Belo Horizonte; Ex-Presidente do IBEF Nacional – Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças e da ABDE-Associação Brasileira de Desenvolvimento; Atualmente é Coordenador Geral do Fórum JK de Desenvolvimento Econômico; Presidente da ASSEMG-Associação dos Economistas de Minas Gerais.  Presidente da MinasPart Desenvolvimento Empresarial e Econômico, Ltda. Vice-Presidente da ACMinas – Associação Comercial e Empresarial de Minas. Presidente/Editor Geral de MercadoComum. Autor de vários livros, como a coletânea intitulada “Juscelino Kubitschek: Profeta do Desenvolvimento”.

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MERCADOCOMUM estará circulando em dezembro com uma edição especial impressa e outra eletrônica trazendo matérias sobre os premiados, as empresas/instituições e personalidades, destacando a relevância da premiação para a economia e o desenvolvimento de Minas Gerais. Cabe ainda ressaltar a importância da realização desse evento, que reúne expressiva parcela formadora do PIB mineiro e obtém ampla repercussão da mídia em geral. Nesta edição especial constará o descritivo do XXVII Ranking de Empresas Mineiras, listando-se as “500 Maiores Empresas de Minas – 2023” – em ordem alfabética, por setor econômico, receita operacional líquida, resultado, patrimônio líquido e ativos totais.

MercadoComum, ora em seu 30º ano de circulação e em sua 324ª edição é enviado, mensalmente, a um público constituído por 118 mil pessoas formadoras de opinião em todo o país, diretamente via email e Linkedin, Whatsapp/Telegram, além de disponibilizar, para acesso, o seu site www.mercadocomum.com, juntamente com as suas edições anteriores. 

De acordo com estatísticas do Google Analytics Search a publicação MercadoComum obteve – no período de outubro de 2022 a agosto de 2023 – 9,56 milhões de visualizações – das quais, 1.016.327 ocorreram de 14 de agosto a 10 de setembro/2023.

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O XXV Prêmio Minas – Desempenho Empresarial – Melhores e Maiores Empresas – MercadoComum – 2023 conta com o apoio da ACMINAS – Associação Comercial e Empresarial de Minas; ASSEMG – Associação dos Economistas de Minas Gerais; Fórum JK de Desenvolvimento Econômico; IBEF – Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de Minas Gerais e MinasPart- Desenvolvimento Empresarial e Econômico Ltda

O prazo para reserva de espaço para as publicidades na edição especial de MC será até o dia 31 de outubro e, a entrega de materiais, até o dia 16 de novembro.

As empresas agraciadas que participarem desta premiação, através da veiculação de uma página de publicidade na edição especial impressa e eletrônica, bem como no site desta publicação, além de um descritivo institucional sobre as mesmas receberão, também, um diploma impresso em papel especial, um troféu em aço inox e terão direito, adicionalmente, a uma mesa exclusiva de 8 lugares para a solenidade de premiação e jantar de confraternização. Também participarão de um almoço especial que ocorrerá em dezembro, em Lagoa Santa-MG, em homenagem aos agraciados.

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