FIEMG avalia que taxa Selic está alinhada ao momento do país

O Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil (Bacen) decidiu manter a taxa Selic em 6,5% ao ano, na primeira decisão sobre o assunto tomada pela nova diretoria do Bacen. A decisão foi em linha com o esperado. Para a Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG), a manutenção está alinhada com o momento de debilidade na retomada do crescimento econômico, em meio às incertezas envolvendo a implementação de reformas estruturais, em particular, a da previdência.

Confira o posicionamento da FIEMG sobre a decisão:

 

Nota – FIEMG

Faz sentido a manutenção do o estímulo à atividade econômica sem correr riscos desnecessários, até que o quadro político associado às votações das reformas fique mais claro.

A redução da capacidade ociosa da economia vem ocorrendo em ritmo mais lento do que o previsto em 2018, com particular frustração em relação ao desempenho da indústria em janeiro de 2019. Dessa forma, as projeções de crescimento econômico no país têm sido revisadas para baixo. Além disso, o impacto negativo da paralisação parcial da extração mineral sobre a atividade econômica em Minas Gerais sugere que juros menores seriam bem-vindos. Por outro lado, a dinâmica inflacionária está consistente com o cumprimento das metas de inflação para 2019 e 2020.

Há, ainda, o risco político de que a reforma da Previdência, encaminhada ao Congresso Nacional em 2019, venha a ser substancialmente flexibilizada ou até mesmo rejeitada. Nessa hipótese, o agravamento do quadro fiscal provocará a reversão da recuperação da confiança de empresários, disseminará expectativas de elevação da carga tributária e da inflação, o que desestimularia ainda mais o investimento no país.

Por outro lado, um cenário de aprovação ampla da reforma previdenciária abrirá espaço para o imprescindível ajuste fiscal, facilitando o processo de retomada do investimento produtivo e do crescimento econômico.

Em suma, tanto a retomada do investimento quanto a consolidação de um ambiente de juros baixos no Brasil dependem do encaminhamento político da reforma da Previdência. Quanto mais rapidamente essa questão for resolvida, melhor para a indústria e para o Brasil.

 

 

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