Falece aos 85 anos o ex-ministro do Planejamento Alexis Stepanenko

O falecimento do ex-ministro do Planejamento durante o governo do presidente Itamar Franco,  Alexis Stepanenko, ocorreu em 29 de fevereiro, em São Paulo (SP).

Stepanenko nasceu no dia 14 de abril de 1938, na cidade de São Paulo (SP). Formado em Sociologia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro (RJ), ele recebeu um convite para ensinar na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), onde conduziu várias pesquisas experimentais com os alunos. Uma dessas pesquisas, realizada em 1968, abordou a opinião pré-eleitoral para a prefeitura da cidade, incluindo o candidato Itamar Franco. Foi assim que ambos se conheceram, e Itamar o convidou para ser o coordenador de sua campanha. Após a vitória na eleição, Stepanenko também colaborou na elaboração do programa de governo de Itamar, e foi nomeado como assessor especial para desenvolver um plano diretor e realizar um levantamento social e econômico da cidade.

Sua proximidade com Itamar levou-o a fazer parte do Grupo de Juiz de Fora que o acompanhou até a presidência em 1992. Ele ocupou o cargo de Ministro de Estado-chefe da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Coordenação (Seplan) da Presidência da República, de 1993 até 1994, quando assumiu o Ministério das Minas e Energia (MME).

Na década de 1990, mais propriamente no ano de 1992, já com o Itamar Franco vice-presidente do então presidente Fernando Collor de Mello, foi convidado pelo mineiro a assumir a assessoria técnica do Gabinete da Vice-Presidência. Nesse cargo não permaneceria por muito tempo, pois, com o afastamento de Collor, em 29 de setembro do mesmo ano, para responder a processo de impeachment, Itamar assumiu a presidência do Brasil, promovendo Stepanenko a subsecretário-geral da Presidência da República. Com isso, ele entrou no cenário dos grandes cargos nacionais.

Como subsecretário da Presidência foi autor da reforma administrativa do governo, a qual preferiu denominar “adaptação administrativa” do governo Collor de Mello, que assumia ainda na ressaca da forma dos militares reformar e precisava de novo fôlego e visão mais social. Um dos principais objetivos dessa ação foi promover a flexibilização das estruturas governamentais, como forma de melhor atender as necessidades e aspirações sociais.

Em novembro do mesmo ano, tornou-se vice-presidente do sistema do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com o objetivo principal de acompanhar o processo de privatização em curso no Brasil.

Em maio de 1993, deixou o BNDES para fazer parte do primeiro escalão dos cargos do Governo Federal ao assumir o Ministério do Planejamento substituindo Yeda Crusius. Na ocasião, definiu-se como “um coringa técnico do presidente”, que a qualquer momento poderia indicá-lo para outra função. Como ministro, fez declarações polêmicas, como a de agosto de 1992, quando, participando da elaboração da política de reajuste de salários nas empresas estatais, declarou que a concessão de reajustes superiores aos previstos na nova legislação salarial dependeria da comprovação da capacidade financeira da empresa.

Deixou o Ministério do Planejamento em março de 1994, sendo substituído pelo senador Beni Veras, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Transferido para a pasta de Minas e Energia, sua quarta função no governo Itamar, no lugar de José Israel Vargas, queixou-se de ter ido para um cargo de menor poder. No ato de posse, anunciou a demissão do diretor-geral do Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica (DNAEE), por ter aumentado as tarifas de energia elétrica acima da inflação, contrariando compromissos do Governo.

Uma crise foi instalada em junho de 1994, quando Stepanenko declarou a intenção de votar em Fernando Henrique Cardoso, candidato do PSDB à presidência da República. O fato provocou uma crise política que tornou insustentável sua permanência como ministro. O Governo passou a ser acusado de praticar crime eleitoral, ao supostamente usar a máquina administrativa em proveito do candidato tucano. 

Pediu demissão do cargo no dia 19 de setembro de 1994, tendo sido substituído, interinamente, pelo secretário-executivo do ministério, Delcídio do Amaral.

Em fevereiro de 1995, um mês depois da posse de Fernando Henrique na presidência, Alexis Stepanenko foi nomeado diretor comercial da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) em Brasília por indicação do recém-nomeado presidente do órgão, Henrique Hargreaves, também integrante do “Grupo de Juiz de Fora”.

Em 1997 assumiu a Secretaria de Serviços Postais do Ministério das Comunicações, onde permaneceu até fevereiro do ano 2000, onde auxiliou no melhor planejamento para os serviços postais brasileiros, quando ajudou a elaborar um Plano Diretor para a empresa.

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