Economia brasileira surpreende e apresenta expansão positiva no 1º trimestre de 2023
PIB-Produto Interno Bruto brasileiro cresceu 1,9% no 1º trimestre de 2023 e mercado financeira refaz todas as projeções para o ano e agora, para melhor
De acordo com o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, durante o primeiro trimestre de 2023, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,9% em relação ao trimestre anterior, na série com ajuste sazonal. Frente ao mesmo trimestre de 2022, o PIB cresceu 4,0%. No acumulado dos quatro últimos trimestres, o PIB subiu 3,3% ante os quatro trimestres imediatamente anteriores.
Trimestremesmo trimestre do ano anterior (sem ajuste sazonal)
4,0%
18,8%
1,9%
2,9%
0,8%
3,5%
1,2%
Acumulado em quatro trimestres/mesmo período do ano anterior (sem ajuste sazonal)
3,3%
6,0%
2,4%
3,9%
2,7%
4,5%
0,9%
Valores correntes no 1º trimestre (R$)
2,6 trilhões
259,7 bilhões
508,9 bilhões
1,5 trilhão
451,6 bilhões
1,6 trilhão
416,0 bilhões
Taxa de investimento (FBCF/PIB) no 1° trimestre de 2023 = 17,7%
Taxa de Poupança (POUP/FBCF) no 1º trimestre de 2023 = 18,1%
Em valores correntes, o PIB no primeiro trimestre de 2023 totalizou R$ 2,6 trilhões, sendo R$ 2,2 trilhões referentes ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 317,1 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
No primeiro trimestre de 2023, a taxa de investimento foi de 17,7% do PIB, abaixo da observada no mesmo período de 2022 (18,4%). Já a taxa de poupança foi de 18,1%, acima da taxa registrada no mesmo período de 2022 (17,4%).
PIB avançou 1,9% em relação ao trimestre imediatamente anterior
Segundo o IBGE, o PIB cresceu 1,9% na comparação do primeiro trimestre de 2023 contra o quarto trimestre de 2022, na série com ajuste sazonal. Houve alta na Agropecuária (21,6%) e nos Serviços (0,6%) e estabilidade na Indústria (-0,1%).
Entre as atividades industriais, houve queda em Construção (-0,8%) e Indústrias de Transformação (-0,6%). Já os desempenhos positivos ocorreram em Indústrias Extrativas (2,3%) e Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (1,7%).
Principais resultados do PIB a preços de mercado do 1º Trimestre de 2022 ao 1º Trimestre de 2023 (%)
Taxas (%)
2022.I
2022.II
2022.III
2022.IV
2023.I
Acumulado ao longo do ano / mesmo período do ano anterior
2,4
3,1
3,2
2,9
4,0
Últimos quatro trimestres / quatro trimestres imediatamente anteriores
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais
Nos Serviços, houve crescimento em Transporte, armazenagem e correio (1,2%), Intermediação financeira e seguros (1,2%) e Administração, saúde e educação pública (0,5%), além de variações positivas no Comércio (0,3%) e Atividades imobiliárias (0,3%). Por outro lado, houve quedas em Informação e comunicação (-1,4%) e em Outros serviços (-0,5%).
Pela ótica da despesa, a Despesa de Consumo das Famílias (0,2%) e a Despesa de Consumo do Governo (0,3%) mostraram variações positivas, enquanto a Formação Bruta de Capital Fixo (-3,4%) recuou.
No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços tiveram variação negativa de 0,4% ao passo que as Importações de Bens e Serviços caíram 7,1% ante o quarto trimestre de 2022.
PIB cresceu 4,0% frente ao 1º trimestre de 2022
Quando comparado a igual período do ano anterior, o PIB cresceu 4,0% no primeiro trimestre de 2023. O Valor Adicionado a preços básicos apresentou elevação de 4,1% e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios avançaram em 3,0%.
A Agropecuária cresceu 18,8% em relação a igual período do ano anterior. Este resultado pode ser explicado pelo bom desempenho de produtos da lavoura com safra relevante no primeiro trimestre e pela produtividade. Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE), a soja, principal cultivo, apresentou ganho de produtividade e crescimento expressivo na produção anual, estimada em 24,7%. Com exceção do arroz (-7,5%), outras culturas com safra relevante nesse trimestre também apontaram crescimento na produção anual e ganho de produtividade, como milho (8,8%), fumo (3,0%) e mandioca (2,1%).
A Indústria subiu 1,9%. As Indústrias Extrativas (7,7%) registraram o melhor resultado, sendo afetadas pela alta tanto da extração de petróleo e gás como de minério de ferro. Houve destaque também na atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (6,4%) com a melhoria das condições hídricas. A Construção (1,5%), por sua vez, teve sua décima alta consecutiva, porém em desaceleração, já que a massa salarial real do setor cresceu, mas os insumos típicos da construção estão em queda em relação ao ano anterior.
A Indústria de Transformação (-0,9%) foi a única com resultado negativo, sendo seu resultado influenciado, principalmente, pela queda na fabricação de produtos químicos; metalurgia; fabricação de produtos de madeira; fabricação de produtos de minerais não metálicos e de máquinas e equipamentos.
O valor adicionado dos Serviços cresceu 2,9% ante o mesmo período do ano anterior. Todas as suas atividades apresentaram alta: Informação e comunicação (6,8%), Transporte, armazenagem e correio (5,1%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (4,6%), Outras atividades de serviços (4,3%), Atividades Imobiliárias (2,8%), Comércio (1,6%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,4%).
No primeiro trimestre de 2023, a Despesa de Consumo das Famílias registrou alta de 3,5%. Esse resultado foi influenciado pelo aumento na massa salarial real, no aumento do crédito e a inflação em patamares menores. A Despesa de Consumo do Governo também apresentou elevação (1,2%). Além disso, a variação de estoques cresceu 24% em termos nominais, nesse primeiro trimestre contra o mesmo período do ano anterior, também contribuindo positivamente para o crescimento.
A Formação Bruta de Capital Fixo avançou 0,8% no primeiro trimestre de 2023. O crescimento das importações de bens de capital e o desempenho positivo da construção suplantaram a queda na produção interna de bens de capital.
No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços apresentaram alta de 7,0%, enquanto as Importações de Bens e Serviços avançaram 2,2% no primeiro trimestre de 2023. Dentre as exportações de bens, aqueles setores que com maior contribuição positiva foram: extração de petróleo e gás; produtos alimentícios; extração de minerais; derivados do petróleo e serviços. Na pauta de importações de bens, a alta se deu principalmente por: derivados do petróleo; extração de minerais não metálicos; indústria automotiva e serviços.
PIB cresceu 3,3% no acumulado em quatro trimestres
O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em março de 2023 apresentou crescimento de 3,3% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Esta taxa resultou do avanço de 3,4% do Valor Adicionado a preços básicos e de 2,7% nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. O resultado do Valor Adicionado neste tipo de comparação decorreu dos seguintes desempenhos: Agropecuária (6,0%), Indústria (2,4%) e Serviços (3,9%).
Todas as atividades industriais apresentaram crescimento: Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (9,4%), Construção (5,3%), Indústria da Transformação (0,6%) e Indústrias Extrativas (0,5%).
Nos Serviços, houve resultados positivos em todas as atividades: Outras atividades de serviços (9,1%), Transporte, armazenagem e correio (7,5%), Informação e comunicação (5,7%), Atividades imobiliárias (2,8%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,8%), Comércio (1,8%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,7%).
Na análise da demanda, a Despesa de Consumo das Famílias, a Despesa de Consumo do Governo e a Formação Bruta de Capital Fixo cresceram 4,5%, 0,9% e 2,7%, respectivamente. Já no âmbito do setor externo, as Exportações de Bens e Serviços cresceram 5,2%, enquanto as Importações de Bens e Serviços apresentaram elevação de 4,2%.
Taxa de Investimento foi de 17,7% no 1º trimestre
A taxa de investimento no primeiro trimestre de 2023 foi 17,7% do PIB, permanecendo abaixo do observado no mesmo período do ano anterior (18,4%). Já a taxa de poupança ficou em 18,1% no trimestre (ante 17,4% no mesmo período de 2022).
A Necessidade de Financiamento alcançou, no primeiro trimestre de 2023, R$ 48,3 bilhões contra R$ 69,8 bilhões no mesmo período do ano anterior. A redução da Necessidade de Financiamento é explicada, principalmente, pelo aumento de R$ 27,1 bilhões do resultado positivo do Saldo Externo de Bens e Serviços e pelo aumento de R$ 3,5 bilhões do envio líquido de Rendas de Propriedade.
No 1º trimestre de 2023, o PIB avançou 4,0% a/a e se configurou no 9º resultado positivo consecutivo neste tipo de comparação. Em termos dessazonalizados, houve forte alta de 1,9% sobre o 4º trimestre de 2022, que sucede uma ligeira queda de 0,1% no trimestre anterior (revista de -0,2%). Os números do 1º trimestre ficaram consideravelmente acima das expectativas do mercado.
De acordo com a LCA Consultores Econômicos, “pelo lado da oferta, já se esperava um excelente desempenho da Agropecuária, mas o resultado foi significativamente melhor. O segmento foi impulsionado pelo crescimento da lavoura e da produtividade de culturas que possuem safra relevante no primeiro trimestre, em especial a soja (que também foi beneficiada pela base de comparação deprimida), mas também milho, fumo e mandioca. Parte desse desempenho reflete uma reversão do choque climático desfavorável que afetou a região Sul no começo de 2022. Além disso, também reflete o forte incentivo gerado pelas altas expressivas das cotações internacionais de vários produtos agrícolas logo após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia. Se consideramos o PIB em termos de Valor Adicionado a Preços Básicos, a Agropecuária pesa pouco menos de 8%, mas foi responsável por 45% do crescimento interanual de 4,1% observado no primeiro trimestre. No dado dessazonalizado, estimamos que a Agropecuária tenha respondido por cerca de 1,5 p.p. da variação de +1,9% do PIB total observada no 1º trimestre deste ano”.
Acrescenta a LCA: “A Indústria Geral foi o único grande setor ofertante a apresentar queda na margem no 1º trimestre, resultado dos números mais fracos da Transformação e da Construção Civil. O primeiro segmento foi afetado pelos desempenhos fracos da fabricação de bens de capital e intermediários, com destaque para os efeitos da introdução da nova legislação ambiental (Proconve P8) sobre a produção de caminhões e ônibus. No outro sentido, SIUP seguiu beneficiado pela melhora do regime pluviométrico e menor despacho de termelétricas (que têm custo mais elevado, portanto maior consumo intermediário e menor valor adicionado). A Extrativa também avançou, com contribuições positivas tanto de petróleo e gás natural como de minério de ferro. Assim como nos últimos trimestres, o setor de Serviços continuou em alta. Nos primeiros três meses do ano os destaques positivos foram Transporte, Armazenagem e Correio e Atividades Financeiras. O primeiro foi consideravelmente impulsionado pelo armazenamento e escoamento da safra recorde de grãos; ao passo que o segundo foi puxado pela parte de seguros. Por outro lado, os Outros Serviços (que engloba diversos serviços prestados às famílias e às empresas, como saúde, educação, dentre outros) apresentaram recuo de 0,5%.
Sob a ótica da demanda, o Consumo das Famílias e o Consumo do Governo mostraram números positivos, porém mais modestos do que nos trimestres anteriores. A FBCF sofreu com a queda da produção interna de bens de capital, com destaque para caminhões e ônibus, como citado acima. O somatório de Consumo das Famílias, Consumo do Governo e FBCF (“demanda interna”), registrou recuo dessazonalizado de 0,5% no 1º trimestre deste ano, e aprofundou uma desaceleração que já havia ocorrido no final de 2022 (+0,1% no 4º trimestre, após altas expressivas de +1,2% no 3º e de +1,7% no 2º trimestre do ano passado). Também houve expressiva acumulação de estoques no 1º trimestre deste ano (equivalente a 2,7% do PIB nominal em termos de Valor Adicionado a Preços Básicos), refletindo a evolução da produção agrícola já destacada acima.
O resultado dos 3 meses iniciais do ano acima da nossa já otimista estimativa (1,7%) e o forte carregamento estatístico deixado (+2,4%), em conjunto com a ampliação das políticas de transferência de renda, o indicativo de adoção de novos estímulos e um encaminhamento razoável para o novo arcabouço fiscal apontam para um crescimento mais na casa de 2% neste ano. Mesmo assim, a evolução trimestral na margem, com ajuste sazonal, deve ser modesta nos próximos trimestres, consequência de certa “devolução” da Agropecuária, além dos efeitos da política monetária restritiva e da desaceleração do crescimento global”.
Relatório Focus do Banco Central : projeções de PIB seguem crescendo e de IPCA completam um mês de queda
Já como consequência do melhor desempenho registrado pela economia brasileira durante o primeiro trimestre de 2023, o Boletim Focus do Banco Central do Brasil de 9 de junho apresentou forte alta das projeções de crescimento do PIB brasileiro em 2023. A mediana de mercado passou para 1,84% ante 1,68% da semana anterior e 1,02% de quatro semanas atrás. Durante a semana passada o mercado financeiro e empresas de consultoria econômica já haviam alterado, para cima, as suas projeções, como foi o caso da LCA – que havia elevado sua projeção de 1,7% para 2,2%. Para 2024, por outro lado, a mediana apresentou leve recuo, de 1,28% para 1,27%.
No que tange ao IPCA em 2023, as projeções caíram novamente, de 5,69% para 5,42%. O mesmo aconteceu para as projeções de 2024, com recuo de 4,12% para 4,04%. As projeções de IGP-M para 2023 continuam com acelerado ritmo de queda e passaram de -0,08% para -0,20%. Para ano que vem, a mediana foi levemente reajustada para baixo, de 4,10% para 4,09%.
As projeções de câmbio (reais em dólar) ao final deste ano estabilizaram em 5,10, patamar alcançado na semana passada. Há quatro semanas, a mediana era de 5,20. Para ano que vem, as expectativas voltaram para 5,17 após terem caído para 5,16 na última leitura.
Por fim, as projeções de taxa Selic (ao ano) em fim de período não apresentaram alterações nas suas medianas, com 12,50% para 2023 (8ª semana seguida) e 10,00% para 2024 (17ª semana seguida).
Inflação
A projeção para o IPCA de 2023 caiu de 5,69% para 5,42% (a 4ª semana de queda), e a projeção para 2024 caiu de 4,12% para 4,04% (a 2ª semana de queda). A projeção da LCA – Consultores Econômicos é de uma inflação em 2023 de 5,4% (-0,02 p.p . abaixo do mercado ) e de 4,0% para 2024 (-0,04 p.p . abaixo do mercado ).
Itaú vê crescimento maior, inflação menor e juro caindo antes neste ano
O Banco Itaú aumentou a estimativa para o crescimento da economia brasileira neste ano, de 1,4% para 2,3%, reduziu a de inflação pelo IPCA de 5,8% para 5,3% e agora vê a redução dos juros pelo Banco Central começando mais cedo, em setembro deste ano, conforme relatório enviado aos clientes.
O aumento do crescimento foi motivado pelo desempenho acima do esperado no PIB no primeiro trimestre e pela expectativa de que, apesar dos efeitos do aperto monetário promovido pelo BC, o consumo vai se manter pelos próximos trimestres. O banco também aumentou a projeção para o crescimento do PIB no ano que vem, de 1,0% para 1,5%, reduzindo a projeção para o desemprego deste ano e do próximo de 9,0% e 9,1%, respectivamente, para 8,0% nos dois anos. Já a projeção de inflação deste ano caiu pelo recuo das commodities e pela redução da gasolina em 5% nas refinarias.
O Itaú reduziu também a projeção para o IPCA de 2024, de 4,5% para 4,4%, pela melhora das expectativas. Já para os juros, a estimativa de início dos cortes passou de outubro para setembro, diante da redução das pressões inflacionárias e a expectativa de uma “decisão prudente” sobre o regime de metas de inflação neste mês. O ciclo de cortes começaria com 0,25 ponto percentual em setembro, seguido de mais dois de 0,50 ponto em novembro e dezembro, levando a taxa Selic para 12,50% no fim de 2023. Para 2024, o banco manteve a projeção de Selic em 10,0%.
O Itaú espera que o Conselho Monetária Nacional mantenha neste mês a meta de inflação para 2026 em 3%, mas mude a meta de ano calendário para meta contínua, sem impor ao BC um horizonte para cumprir o objetivo. A medida deve ajudar a reduzir as expectativas inflacionárias e permitir antecipar a redução dos juros para setembro.
Presidente do Banco Central fala sobre inflação e queda dos juros
Em evento no dia 9 de junho do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a comentar que a inflação sem energia e alimentos têm recuado lentamente e ainda estão em alta. Ele também descreveu seu cenário para o IPCA nos próximos meses. Para junho, sua expectativa é de variação negativa e para os meses seguintes, ele espera que o IPCA subirá entre 0,4% e 0,5% em algumas ocasiões, para fechar o ano em torno de 4,5%. Essa alta é menor que o esperado anteriormente pelo Banco Central. Campos Neto também destacou a melhora das projeções de inflação para prazos mais longos.
O presidente do Banco Central também afirmou que “A taxa de juros longa tem caído bastante. Isso leva um pouco de tempo até se refletir nos empréstimos dos bancos, mas começa a haver uma queda. Isso significa que o mercado dá credibilidade ao que tem sido feito, abrindo espaço para uma atuação de política monetária à frente”.
Entretanto, Campos ressaltou que o BC tem de ser cuidadoso para não promover nenhum ajuste artificial dos juros. Ele citou os bancos centrais do Canadá e da Austrália “…que haviam parado de subir os juros, sinalizando que poderia haver uma queda. Mas isso foi precipitado e eles tiveram que voltar a subir os juros. Isso sempre tem um impacto na credibilidade do banco central”. A fala de Campos vai ao encontro do cenário de vários analistas financeiros que preveem o primeiro ajuste baixista da Taxa Selic para agosto.
*Ilustrações da internet
*Carlos Alberto Teixeira de Oliveira é administrador, economista e bacharel em Ciências Contábeis, com vários cursos de pós graduação no Brasil e exterior. Ex-Executive Vice-Presidente e CEO do Safra National Bank of New York, em Nova Iorque, Estados Unidos. Ex-Presidente do BDMG-Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais e do Banco de Crédito Real de Minas Gerais; Foi Secretário de Planejamento e Coordenação Geral do Governo de Minas Gerais e Diretor-Geral (Reitor) da Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte; Ex-Presidente do IBEF Nacional – Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças e da ABDE-Associação Brasileira de Desenvolvimento; Coordenador Geral do Fórum JK de Desenvolvimento Econômico; Presidente da ASSEMG-Associação dos Economistas de Minas Gerais. Presidente da MinasPart Desenvolvimento Empresarial e Econômico, Ltda. Vice-Presidente da ACMinas – Associação Comercial e Empresarial de Minas. Presidente/Editor Geral de MercadoComum. Autor de vários livros, como a coletânea intitulada Juscelino Kubitschek: Profeta do Desenvolvimento.
Ana Assis Visagista internacional, certificada pelo método Claude Juillard, Faceteller e Hair Designer pelas academias Europeias, Llongueras, Tony & Guy, Vidal Sassoon
Ana Assis Visagista internacional, certificada pelo método Claude Juillard, Faceteller e Hair Designer pelas academias Europeias, Llongueras, Tony & Guy, Vidal Sassoon
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