1 – Para Marianna Costa, economista-chefe do TC e Lucas Seixas, cofundador e CEO da InvestAI, “na próxima semana, o colegiado do Banco Central do Brasil (BC) volta a se reunir para definir a taxa básica de juros, Selic. Há uma larga expectativa de que a taxa seja mantida estável em 13,75%. No entanto, há também uma larga expectativa a respeito do comunicado e da ata dessa reunião, no sentido de buscar entender como está o balanço de riscos observado pelo colegiado para definir a trajetória da Selic.
Em retrospectiva, desde a última reunião, foram divulgados dados de inflação melhores do que o esperado na margem, e há melhora da composição da dinâmica dos preços. Do lado da atividade, há sinais claros de morosidade e aperto adicional das condições de crédito. Já o mercado de trabalho segue apresentando alguma resiliência. As condições do mercado externo, em particular o setor bancário, seguem pressionadas com tendência de piora.
Em prospectiva, os dados acima sugerem algum arrefecimento da dinâmica de preços na margem e menor atividade econômica, mas não fortes o suficiente para alterar as expectativas de inflação em um prazo mais longo do que 12 meses. Nesse sentido, mantêm-se as expectativas de inflação desancoradas em relação à meta perseguida pelo BC. Dessa forma, esse é o embasamento para a manutenção dos juros estáveis.
O que se procura saber é como a autoridade monetária avalia esse cenário prospectivo e como os modelos utilizados pelo Banco Central sugerem que será a dinâmica de preços à frente. A atenção se volta para o ponto de inflexão da trajetória das expectativas de inflação, que deve acontecer mais para o final do terceiro trimestre.
No entanto, há uma percepção subjacente de que a atividade econômica em ritmo menor, o aperto de crédito em ritmo maior e uma dinâmica de preços atual melhor possam corroborar que o ciclo de queda de juros tenha espaço para começar um pouco antes do último trimestre do ano — talvez já no início do terceiro trimestre. São essas as pistas que se busca tanto no comunicado quanto na ata.
Nós, do TC, entendemos que o ciclo de queda de juros começa em setembro, mas temos uma inclinação grande a acreditar que há espaço para que aconteça antes dessa data”.
2 – Lucas Seixas, cofundador e CEO da InvestAI afirma que “na próxima quarta-feira, teremos a decisão do Copom a respeito da taxa de juros. Embora alguns analistas e o próprio governo peçam pela redução da taxa, devemos ver novamente uma postura mais conservadora e a manutenção em 13,75% ao ano.
Manter a taxa de juros em um nível elevado pela sexta reunião seguida é uma forma de ancorar melhor as expectativas de inflação de 2024 e 2025 em torno da meta, mostrando que o Banco Central (BC) seguirá vigilante em qualquer indício de não conseguir atingir o intervalo da meta nos próximos anos. Além disso, é uma forma de mostrar que o BC não se deixará levar por pressões políticas, reafirmando sua independência.
Se vermos bons números na inflação de abril e maio, com núcleos em queda e inflação comportada, podemos considerar que talvez em junho esse ciclo de queda tenha início.
3 – Apesar da pressão do governo, o Banco Central deverá manter a taxa Selic, mais uma vez, projeta o Paraná Banco Investimentos. “O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) se reúne na terça-feira 2 de maio para decidir sobre a taxa Selic. De acordo com o Paraná Banco Investimentos, apesar do governo pressionar pela queda dos juros no país, a taxa deverá ser mantida, mais uma vez, em 13,75%”.
De acordo com Pedro Oliveira, Tesoureiro do Paraná Banco Investimentos, “há um risco de que o ciclo de corte só inicie ano que vem. “Apesar da inflação acumulada de 12 meses estar em 4,65%, abaixo do teto da meta (4,75%), pela primeira vez, desde 2021, ela está contaminada pelas medidas de desoneração dos combustíveis do final do ano passado. Sendo assim, o Banco Central foca no núcleo de inflação, que exclui itens voláteis como o combustível, que fechou em 7,51% no acumulado de 12 meses até em março, impactado principalmente pela inflação de serviços, que subiu 7,64% no mesmo período. Outro ponto importante observado pelo Comitê é a expectativa de inflação futura, que desde a última reunião do COPOM se mantém em 4%, acima do centro da meta de 3%. Neste contexto, a inflação está muito longe da meta e não dá margem nenhuma para o COPOM reduzir juros”.
Oliveira salienta ainda que “para começar a cortar juros, a expectativa de inflação de 18 meses a frente tem que cair, este é o horizonte relevante para o Banco Central. Um dos fatores para isso acontecer é a responsabilidade fiscal, sendo assim, o Governo terá que provar que a nova regra fiscal é factível, que irá limitar os gastos e controlar a dívida. Nossa expectativa, no cenário otimista, é o ciclo de corte começar em setembro, com cortes de 0,5 p.p., chegando a 12,25% em dezembro. No cenário pessimista, o ciclo só se inicia ano que vem e a Selic fecha 2023 em 13,75%”.
Sobre o IPCA, a inflação deve arrefecer perto de 3,5% na metade do ano, mas ainda deve fechar 2023 em 6%, já sem os efeitos da desoneração dos combustíveis e pressionada por serviços e transportes, uma vez que as expectativas de queda no preço do petróleo se reverteram com os cortes anunciados pela OPEP no começo do mês. Neste cenário de contínuo juro alto, o empréstimo consignado ainda é a melhor opção, dado que tem uma das menores taxas de juros entre os créditos livres.
Em relação ao câmbio, o dólar deve ficar ao redor de R$ 5,00 em 2023, com risco de alta, caso o cenário externo piore; e risco de baixa, caso o novo arcabouço fiscal mostre credibilidade no controle de gastos e estabilidade da dívida.
Para os investidores, a renda fixa ainda será protagonista em 2023, sendo que os papéis pós-fixados são os mais recomendados. Quanto aos investimentos de até 3 anos, os títulos prefixados também são uma opção interessante para capturar a queda da taxa de juros.
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