Saúde

Alergias de pele

Alergias de pele

Urticária, dermatites atópica e de contato e alergia a medicamento estão entre as mais comuns

Lesões avermelhadas, coceira, áreas mais grossas, descamação e até mesmo vesículas e bolhas podem ser sinais de algum tipo de alergia na pele. Um grupo importante das alergias cutâneas é o da urticária, que se caracteriza por lesões avermelhadas, geralmente arredondadas, um pouco elevadas na pele, com coceira intensa. Pode aparecer em qualquer local do corpo, inclusive nas palmas das mãos, plantas dos pés e couro cabeludo. Em 40 a 50% dos casos, a pessoa com urticária também tem o angioedema, que são os inchaços.

“O tipo mais comum é a urticária aguda, que dura até seis semanas, e está associada a alimentos, medicamentos, ferroadas de insetos, infecções virais e bacterianas. A urticária pode ocorrer em qualquer fase da vida. Já a urticária crônica é mais comum em adultos”, explica Dra. Luisa Karla Arruda, especialista da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI).

A dermatite atópica (DA) é outro tipo de alergia que desafia médicos e impacta muito a vida da pessoa, levando, muitas vezes, ao isolamento social, ansiedade e depressão. No Brasil, cerca de 15% de crianças e adolescentes têm DA.

A doença apresenta características peculiares como pele avermelhada, coceira quase insuportável, pele grossa e com descamação. A DA acomete locais específicos, como dobras do cotovelo, atrás do joelho, no pescoço e, às vezes, pode acometer a face.

Dra. Karla conta que a DA é muito comum em crianças pequenas e com o tempo pode entrar em remissão. Porém, ela pode iniciar durante a adolescência e persistir na fase adulta. Mais raramente, a DA pode começar na terceira idade.

“A alergia alimentar, comum na infância, pode estar associada à DA nos primeiros anos de vida. Já na criança maior e no adolescente, a alergia a ácaros é dominante como causa de dermatite atópica em nosso meio”, comenta a médica.

Alergia a medicamentos Um outro grupo que ganha destaque são as manifestações cutâneas da alergia a fármacos. Pessoas com reação de hipersensibilidade ou alérgicas a medicamentos com frequência apresentam sintomas cutâneos.

“É muito importante comunicar o médico se – após o uso de um medicamento – aparecerem sintomas como vermelhidão, corpo empipocado, presença de bolhas ou coceira na pele. Isso porque a alergia pode evoluir para um quadro mais grave”, alerta a médica da ASBAI.

Dermatite de contato – Ocorre quando há o contato com a substância que desencadeia a alergia. Metais são as causas mais comuns, como bijuterias, o botão da calça jeans, por exemplo. Substâncias químicas também podem causar alergias, como tinta de cabelo, esmalte e maquiagem.  Existem testes que podem indicar qual a substância química causa a alergia no paciente.

Dra. Karla comenta que na suspeita de uma alergia cutânea, é comum o paciente procurar pelo dermatologista. Mas, principalmente, para os casos mais graves e de difícil diagnóstico, a orientação é buscar o auxílio de um médico alergista e imunologista, que trabalhará em conjunto com o dermatologista para devolver a qualidade de vida ao paciente.

“O (a) dermatologista pode contribuir muito em realizar o diagnóstico diferencial e orientar sobre os cuidados com a pele, podendo fazer até uma biópsia da lesão da pele para ter uma visão melhor do quadro, se indicado. E o (a) alergista e imunologista, por usa vez, realizará testes que possam identificar a causa daquele tipo de alergia, como testes cutâneos, testes de contato e exames laboratoriais, por exemplo”, finaliza a especialista da ASBAI.

A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia existe desde 1972. É uma associação sem finalidade lucrativa, de caráter científico, cuja missão é promover a educação médica continuada e a difusão de conhecimentos na área de Alergia e Imunologia, fortalecer o exercício profissional com excelência da especialidade de Alergia e Imunologia nas esferas pública e privada e divulgar para a sociedade a importância da prevenção e tratamento de doenças alérgicas e imunodeficiências. Atualmente, a ASBAI tem representações regionais em 21 estados brasileiros.

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