José Anchieta da Silva*
Em nome da Diretoria e dos Conselhos da Associação Comercial e Empresarial de Minas – ACMinas, damos as boas-vindas ao Mercado Comum liderado pelo economista e empresário Carlos Alberto Teixeira de Oliveira e ao seu já monumentalizado evento TOP OF MIND, cumprimentando, também, a todos os agraciados e a todos os convidados.
Esta edição do evento se realiza, muito provavelmente, como a última das grandes celebrações que a ACMinas anfitriona nesta ribalta da Avenida Afonso Penna, nº m372, 4º andar, porque a partir do dia primeiro de setembro próximo (2022), após exatos 100 anos de morada neste endereço, a nossa ACMinas estará de Casa nova, na Rua Paraíba, 1465, 7º andar, Centro-Savassi, em Belo Horizonte. Ali se pretende começar um novo e vitorioso ciclo. Não terá sido, este ato, todavia, esta celebração do Mercado Comum na casa da ACMinas, nem coincidência, nem sorte, nem destino, porque na verdade se trata de uma missão dessas duas instituições, ambas definitivamente comprometidas com Belo Horizonte, com Minas Gerais, com o Brasil e com o mundo das empresas; portanto, com o comércio, com a indústria e com os serviços, esses, afinal, os verdadeiros se não os únicos construtores de um Brasil voltado para o futuro como nação livre, altiva e democrática.
Este edifício, testemunho silencioso de nossa história, plena de realizações, de conspirações sempre boas, de transformações de sonhos em realidade, de lutas enfim, em favor dos agentes empresariais será objeto de alguma modernização, possibilitando-lhe melhor aproveitamento e melhor rentabilização em favor de sua proprietária, a ACMinas, preocupada está com o seu futuro. Será, também, o primeiro dos presentes que a nossa Instituição oferece a Belo Horizonte na revitalização de seu centro histórico (e disso tratamos em audiência pessoal com o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Normam O senhor prefeito já confirmou a sua presença na sessão de inauguração de nossa nova sede.
A ACMinas, fundada em 1901 é a Tribuna do Empresário e das Instituições. É assim que a nossa Instituição se define.
Recentemente, recebendo, aqui na Casa, uma significativa representação de procuradores do Estado de Minas Gerais, que diziam possuir uma solução alternativa para a complicada questão da “Recuperação Fiscal” do Estado (complicada do ponto de vista financeiro, orçamental, jurídico, político) abrimos a reunião com uma necessária afirmação em tom de educada advertência que, pelas forças das palavras necessitam ser por aqui repetidas e dessa forma estamos, também, prestando contas de nosso discurso e de nossas ações aos nossos associados, exatamente assim:
– Senhoras e senhores procuradores(as) de nosso Estado.
– Se há programa alternativo para a “Recuperação Fiscal” de nosso Estado, o foro para debatê-lo e para discuti-lo é este, é aqui, é conosco, na Casa dos empresários porque, saibam todos: não são os políticos, não são os sindicatos, não são as Igrejas, não são os militares e não são os servidores públicos que pagarão essa conta. A conta do Estado brasileiro quem a paga são os empresários, porque são os geradores de riqueza, de empregos e porque pagadores de todos os impostos (são, exatamente, os empreendedores do comércio, da indústria e dos serviços).
A reunião não terminou, encontra-se apenas suspensa. Essa e outras do tipo por aqui se darão sempre que necessário. E adiantamos a todos, em relação ao mencionado tema que a ACMinas já escolheu o lado em que está e estará: A ACMinas estará do lado do Estado de Minas. Quando a falência se dá em desfavor do empresário, o Poder Judiciário sacrifica o seu patrimônio que, esquartejado é entregue a seus credores. Quando se trata de falência do Estado o resultado é outro: não há saúde, não há escola, não há segurança. Instala-se o caos até que, com sacrifício geral, se reorganize, outra vez, o Estado.
A propósito, o que se fala em relação ao Estado mineiro, em medida maior há de ser dito em relação ao Estado brasileiro. É sabido e não é segredo para ninguém, que o Brasil está doente.
Suas patologias são facilmente diagnosticáveis. Na raiz do problema está uma falta de respeito do Estado em geral para com as instituições organizadas e, portanto, para com toda a gente brasileira.
É seguro que, para promover reformas, é preciso, em primeiro lugar, como regra número um, que se respeite as instituições, todas. Não respeitar as instituições é promover a anarquia. O Brasil não fará com êxito as reformas necessárias, se continuar dando de costas para a figura do Empresário. A ACMinas está atenta a este momento difícil da história nacional. Aqui nasceu a proposta de um “Pacto pelo Brasil”, iniciativa tornada pública na primeira hora da confirmação do acometimento, sobre toda a humanidade, da pandemia do “coronavírus”. Em setembro passado (2021), aqui nasceu e se fez público, o “Segundo Manifesto dos Mineiros”.
Isto é apenas o começo. Precisamos todos, e é urgente, fazer do Brasil um país de oportunidades no lugar de um país de privilegiados. Precisamos recolocar o Brasil no ensolarado concerto das nações livres, democráticas e progressistas. “Aves da mesma plumagem voam juntas”. E é nessa crença que, irmanados, temos certeza de que a solução dos problemas enfrentados pelo nosso setor público passa por necessária audiência de suas instituições não-públicas. São as instituições que detém, afinal, a representação de toda a gente, das pessoas, dos cidadãos porque o verbete “povo” isoladamente, sugere apenas uma multidão de ninguém.
Benvindos à ACMinas – a Tribuna dos Empresários e das Instituições.
*Presidente da Associação Comercial e Empresarial de Minas – ACMinas. *Discurso proferido por ocasião da solenidade do 27º Prêmio Top of Mind – Marcas de Sucesso – Minas Gerais – 2022, realizado na ACMinas – Associação Comercial e Empresarial, no dia 28 de junho de 2022.