Tem razão a presidente da Argentina, Cristina Fernández, de, ao afirmar que o seu país está “mudando a história” ao re-nacionalizar a empresa petrolífera Yacimientos Petrolíferos Fiscales, YPF. Depois de ter “dado o calote” na dívida pública em 2001 e implementado políticas protecionistas, o país de Maradona dá mais um importante passo na recuperação de seus instrumentos de desenvolvimento econômico, sem o que o seu novo patamar de crescimento acelerado inaugurado em 2003 pode ser comprometido. Continua a abrir caminho, assim, para o retorno do nacional desenvolvimentismo, modelo que foi o responsável pela industrialização não somente do Brasil, mas também da própria Argentina.
Como não poderia deixar de ser, a medida provocou protestos mundo afora, a começar pelo governo espanhol, visto ser a YPF controlada pelo grupo hispânico Repsol, que a adquiriu através de controvertido processo de privatização durante o governo de Carlos Menem (1989 – 1999). Também outros países da União Europeia e os Estados Unidos criticaram a iniciativa, para não falar na mídia internacional e brasileira, que, a serviço do capital financeiro, veem na estatização um pecado mortal. Mas, hoje, essas críticas carecem de credibilidade, em razão do fracasso do neoliberalismo e das desastrosas crises financeiras recentes.
Aliás, é preciso reconhecer que, em vivo contraste com os países europeus, particularmente os da Zona do Euro, cuja economia, graças ao denominado Pacto da Estabilidade e Crescimento, se manteve relativamente estagnada mesmo durante o período 2003 – 2007, de auge da economia mundial, a economia argentina sob o comando do casal Kirchner tem apresentado um crescimento espetacular.
Assim, enquanto a economia da Zona do Euro, graças à crise, encolheu 3,1% desde 2003, a da Argentina cresceu a um ritmo chinês de 8,6% ao ano, mais do que o dobro, portanto, do que a economia mundial, que se expandiu à mesma velocidade da economia brasileira no período, de 3,9%.
É e neste contexto que se pode avaliar a iniciativa do governo Kirchner, que vinha enfrentando graves problemas na área petrolífera, em razão da YPF ter reduzido seus investimentos, objetivando exclusivamente atingir suas elevadas metas de rentabilidade e distribuição de dividendos. Em vez de inspirada ideologicamente, tratou-se de medida para superar um gargalo no desenvolvimento do país e de assegurar que a renda de monopólio oriunda da exploração de um importante recurso natural fosse apropriada pela sociedade, em lugar dos acionistas da empresa.
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