Dados de um estudo divulgado em julho pelo Panorama do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo, elaborado pelo Banco Central, confirmam a expansão das cooperativas de crédito em 2018. “Tivemos um crescimento, no último ano, de 9% na quantidade de cooperados. Já são quase 10 milhões de pessoas, principalmente na área rural e também pequenos e médios empresários”, comemora Edivaldo Del Grande, presidente do Sescoop/SP – Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de São Paulo. Também foi registrado aumento de 18% nos ativos totais e um incremento de 23% na carteira de crédito.

Del Grande defende que, pela oferta de serviços e produtos, as cooperativas de crédito já fazem frente aos bancos tradicionais. “Com foco no cooperado, atendimento personalizado, estímulo à poupança e democratização do acesso ao crédito, sobretudo entre os pequenos investidores, também oferecemos conta corrente, talões de cheques, cartões e seguros, CDB, LCA, fundos de investimentos, adquirência, DDA, cobrança entre outros serviços, além das baixas taxas, significativamente inferiores às médias do mercado”, enumera o presidente. O estudo também mostra que o número de postos de atendimento cresceu 19% nos últimos quatro anos, enquanto os bancos registraram redução de 10%.

Outro diferencial das cooperativas é que o cooperado ainda participa das sobras. “Ou seja, no nosso sistema não existe um único dono. Então, o resultado positivo é compartilhado entre os associados e, como consequência retorna à comunidade”, conclui Del Grande.

Em junho, durante um evento realizado pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em Brasília, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, declarou que tem como meta aumentar a participação das cooperativas no crédito concedido no Sistema Financeiro Nacional de 8% para 20%, nos próximos três anos.

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