Tendências em finanças e investimentos para 2024

Sérgio Goldman*

Início de ano é aquele período em que começamos a refletir sobre os meses que passaram e, também, e talvez mais importante, sobre o que esperamos que aconteça neste novo ano. Vemos que continuamos a viver em um mundo em transformação e, na maioria das vezes, essas transformações são rápidas e radicais.

Mas em 2024 isso não será diferente. O universo de finanças e investimentos experimentará transformações e, aqueles que ousarem ignorá-las, muito provavelmente perderão posicionamento competitivo.

Observando as tendências globais e locais que vem ganhando força nos últimos anos e buscando analisar quais serão destaque no Brasil em 2024, gostaria de chamar a atenção para os seis processos de mudanças que espero que sejam relevantes:

  1. O CFO ganhará papel ainda mais estratégico

O CFO (Diretor Financeiro) deverá se tornar o responsável por monitorar os resultados dos esforços que a alta gestão definiu previamente, visando colocar a empresa em caminho de longevidade com rentabilidade. Além de guardião da criação de valor, o CFO deverá ser aquele que centralizará a coleta e análise de dados para que os objetivos estratégicos sejam atingidos;

  1. Criação de valor para todos os stakeholders: do discurso à prática.

Hoje em dia, qualquer empresa se coloca como seguidora de melhores práticas em ESG. Acredito que logo veremos uma mudança de estratégia nesta área, com a perda do foco em ESG para a busca por maximizar a criação de valor, não só para os acionistas, mas também para demais stakeholders. Empresas deverão definir, comunicar e monitorar como os objetivos de criação de valor para cada público serão atingidos;

  1. Investidores de todos os tipos levantarão a régua da qualidade.

Seja nos investimentos em empresas públicas, seja em empresas não listadas em Bolsa, houve uma grande decepção com o desempenho dos investimentos nos últimos 2-3 anos. Por isso, minha expectativa é que o investidor daqui para frente se tornará mais exigente, antes de decidir por alocar recursos em diferentes investimentos; 

  1. Alocação de portfólio deixará de ser tática para se tornar estratégica.

Cada vez mais, o investidor recebe a mensagem de que investimento bem-sucedido é investimento com horizonte de longo prazo. Mas, infelizmente, a maioria dos investidores, mesmo aqueles mais sofisticados, não têm seguido essa orientação. Mas as perdas constantes dos últimos anos e o timing errado para aumentar e diminuir suas posições de mercado, foram um aprendizado duro. Espero que, de agora em diante, as alocações feitas visem ganhos sustentáveis e não de curto prazo; 

  1. Análise e decisão de investimentos: volta às origens.

A taxa de juros excessivamente baixa que prevaleceu nos últimos anos, fez com que os diferentes agentes da economia tomassem decisões de forma bastante relaxada. A volta do patamar de juros a níveis normalizados e as perdas que a postura relaxada causou, vão fazer com que investidores e empresas voltem a analisar profundamente possíveis investimentos;

  1. Disseminação de novas ferramentas de gestão estratégica e análise de cenários.

Como mencionado no início do artigo, vivemos em um mundo em constante transformação. É o mundo VUCA, isto é, Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo. Outros chamam de mundo BANI, Frágil (de Brittle em inglês), Ansioso, Não Linear e Incompreensível. 

Independentemente de como o mundo atual é descrito, precisamos de novas ferramentas para analisá-lo. Dentre as ferramentas que vêm ganhando espaço, podemos citar foresight estratégico, future-readiness, transformação digital, criação de valor compartilhado, customer-centricity etc. E novas classes de ativos estão se tornando mais populares, tais como impact investing.

*Consultor em finanças estratégicas

MercadoComum, ora em seu 30º ano de circulação e em sua 324ª edição é enviado, mensalmente, a um público constituído por 118 mil pessoas formadoras de opinião em todo o país, diretamente via email e Linkedin, Whatsapp/Telegram, além de disponibilizar, para acesso, o seu site www.mercadocomum.com, juntamente com as suas edições anteriores.

De acordo com estatísticas do Google Analytics Search a publicação MercadoComum obteve – no período de outubro de 2022 a agosto de 2023 – 9,56 milhões de visualizações – das quais, 1.016.327 ocorreram de 14 de agosto a 10 de setembro/2023.

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O XXV Prêmio Minas – Desempenho Empresarial – Melhores e Maiores Empresas – MercadoComum – 2023 conta com o apoio da ACMINAS – Associação Comercial e Empresarial de Minas; ASSEMG – Associação dos Economistas de Minas Gerais; Fórum JK de Desenvolvimento Econômico; IBEF – Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de Minas Gerais e MinasPart- Desenvolvimento Empresarial e Econômico Ltda.

O prazo para reserva de espaço para as publicidades na edição especial de MC será até o dia 31 de outubro e, a entrega de materiais, até o dia 16 de novembro.

As empresas agraciadas que participarem desta premiação, através da veiculação de uma página de publicidade na edição especial impressa e eletrônica, bem como no site desta publicação, além de um descritivo institucional sobre as mesmas receberão, também, um diploma impresso em papel especial, um troféu em aço inox e terão direito, adicionalmente, a uma mesa exclusiva de 8 lugares para a solenidade de premiação e jantar de confraternização. Também participarão de um almoço especial que ocorrerá em dezembro, em Lagoa Santa-MG, em homenagem aos agraciados.

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