Risco de recessão mais profunda e retomada mais lenta seguem relevantes

A LCA – Consultores Econômicos (uma das mais renomadas e mais empresa de consultoria econômica do país), em estudo intitulado ?Cenário? desta semana indica que ?a percepção de que o pico da primeira onda de infecção pandêmica está ficando para trás na maioria das principais economias continua a se consolidar. Nesse contexto, muitas economias importantes já começaram a abrandar restrições sanitárias e a anunciar cronogramas de retirada das medidas de lockdown econômico.

Segundo o referido estudo, ?em contraponto a esses desenvolvimentos globais relativamente benignos observados nas últimas semanas, os indicadores e sondagens que captam os impactos econômicos da pandemia até agora divulgados têm sugerido que a profundidade da recessão global no curto prazo pode ser ainda maior do que passamos a antever. Apesar desses resultados estatísticos preocupantes, optamos por sustentar as projeções internacionais contempladas em nosso cenário base, por entendermos que o abrandamento de restrições sanitárias deverá permitir alguma recuperação das principais economias já a partir de maio – como tem sido visto na China.

No Brasil, onde a pandemia ainda não alcançou o pico do contágio, o impacto econômico também tem sido bastante severo – talvez maior do que passamos a antecipar quando, há duas semanas, revisamos nossa projeção para a variação do PIB de 2020 de -1% para -3,5%.

A LCA revela que ?em nosso cenário base atual, assumimos que a severidade da recessão e o timing do início da recuperação serão parecidos com o que se observou na recessão derivada da crise financeira global de 2008-09. Mas avaliamos que a velocidade de recuperação tenderá a ser mais lenta do que em 2008-09, embora não tão lenta quanto a reativação anêmica observada após a recessão de 2015-16 (lentidão que esteve associada, em boa medida, à crise política que resultou no impeachment de Dilma Rousseff).

O risco de que a recessão seja mais profunda no curto prazo parece ser relevante – a julgar pela intensidade do recuo nos indicadores de confiança de empresas e consumidores na passagem de março para abril; e também relevante é a chance de que a recuperação seja mais lenta do que ora contemplamos no cenário base. ? O estudo da LCA conclui que, Além das incertezas associadas ao impacto da epidemia, continuamos a avaliar que o aumento do risco político é fator a tornar o cenário de recuperação pós-pandemia no Brasil ainda mais anuviado (como abordamos há uma semana, antes mesmo da renúncia de Sergio Moro, no Cenário LCA de 20 de abril).

Em Minas Gerais, a LCA – Consultores Econômicos é representada pela MinasPart -Desenvolvimento Empresarial e Econômico, Ltda. –(31) 3281-6474 – cato@mercadocomum.com

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