Reino Unido já comprometeu mais de R$ 3 bilhões no Brasil para a proteção do clima e da biodiversidade e para acelerar a transição para uma economia de baixo carbono
A Embaixada do Reino Unido e três ministérios britânicos, juntamente com a Secretaria Nacional de Bioeconomia do Brasil, anunciaram no dia 26 de março, o estabelecimento de oito novas parcerias estratégicas na área de clima e meio ambiente. Por meio do Financiamento Internacional para o Clima (ICF), o país já investiu £ 510 milhões (mais de R$ 3 bilhões), tornando-se um dos principais financiadores deste campo no Brasil.
O evento celebra também um ano da Parceria Reino Unido-Brasil para um Crescimento Verde e Inclusivo, lançada em 2023 pelo então Chanceler britânico, James Cleverly, em visita ao Brasil, junto ao Itamaraty e Ministério de Meio Ambiente e Mudança do Clima. A Parceria inclui compartilhamento de conhecimentos, colaboração política, apoio a programas de desenvolvimento sustentável e de transição energética, apoio nas áreas de ciência e na área comercial.
“Reino Unido e Brasil compartilham a visão de que a mudança do clima agrava desigualdades e que a transição ecológica traz grandes oportunidades de desenvolvimento econômico, mas precisa ao mesmo tempo reduzir a pobreza e ser justa. O Reino Unido foi a primeira grande economia a reduzir para metade as suas emissões ao mesmo tempo em que aumentou a sua economia em 79%”, afirmou a Embaixadora Britânica no Brasil, Stephanie Al-Qaq.
As oito parcerias anunciadas hoje, listadas abaixo, fazem parte do UK PACT, um dos programas implementados pelo Reino Unido no Brasil:
Apoio ao Ministério da Fazenda na construção do novo Plano de Transição Ecológica;
Apoio ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima na estruturação da nova Estratégia Brasileira de Bioeconomia;
Apoio ao Ministério do Desenvolvimento Rural e o Ministério da Fazenda na revisão dos critérios de sustentabilidade do Plano Safra;
Apoio ao Ministério da Fazenda na construção do novo Plano de Transição Ecológica;
Apoio ao Ministério da Ciência e Tecnologia na construção de um pipeline de investimentos verdes, considerando seu estudo de Avaliação das Necessidades Tecnológicas.
Apoio à Caixa na mobilização de investimentos verdes para o Brasil;
Apoio ao BNDES na mobilização de investimentos verdes para o Brasil;
Apoio ao Estado de Minas Gerais na mobilização de investimentos verdes para implementar suas metas do Plano de Ação Climática;
Além destes projetos, o Reino Unido anunciou novos compromissos financeiros e em assistência técnica na gestão de terras indígenas para FUNAI, em mercado de carbono para os estados do Acre e Mato Grosso, em assistência técnica para LEAF e uma nova chamada de £3 milhões do UK PACT para propostas de apoio à descarbonização e uso de hidrogênio.
O Reino Unido é o segundo maior parceiro do Brasil em cooperação científica, o que demonstra, mais uma vez, o desejo de viabilizar e facilitar o desenvolvimento de soluções e recursos para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas no Brasil.
“Queremos uma parceria baseada no respeito, que impulsione mutuamente nossas prioridades nacionais e que seja concreta. Menos de um ano depois de lançarmos a parceria já estamos entregando resultados concretos e queremos fazer muito mais”, ressaltou a embaixadora britânica.
Um desses exemplos é o Diálogo COP-COP, onde Reino Unido compartilha com o Brasil a experiência e as lições aprendidas ao ter sediado a COP26 em 2021 e quer continuar a cooperação na preparação para a COP30. Além disso, em parceria com o Instituto Clima e Sociedade (iCS), o governo britânico vai apoiar a sociedade civil brasileira a se preparar para o evento através diálogos internacionais.
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