Em Comunicado, Copom afirmou que pretende seguir cortando os juros em meio ponto nas próximas reuniões; para mentora, a estimativa mostra que estamos no caminho, mas a economia como um todo ainda não melhorou
“Podemos comemorar o penâlti marcado, mas não dizer que fizemos o gol, ainda”, exemplifica a mentora financeira Silvia Machado sobre a redução da taxa Selic e as sinalizações sobre uma possível queda nos juros até o final de 2023.
A analogia da mentora é referente às recentes decisões e comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, em reduzir em 0,5% a Taxa Selic nas próximas reuniões e da aprovação da diminuição de 13,75% para 13,25%. “Estamos caminhando, mas a economia ainda não está melhor. O mercado tem sentido uma melhora consistente na situação financeira como um todo, mas não podemos deixar de lembrar que não é só reduzir gradativamente a taxa de juros que fará com que a economia se reerga. Afinal, são muitos indicadores para serem observados”, comenta.
Silvia Machado reforça que a taxa de juros ainda está aquém do que deveria. “Se um consumidor adquirir um empréstimo de R$ 10 mil, vai pagar somente de juros R$ 1.132,50. Não é sinal de muita melhora pagar 13,25% de juros ao ano, principalmente se pensarmos que em 2021 mantínhamos os juros em 2%”.
“Apesar disso, não deixa de ser um progresso. Fundamental reforçar ainda a autonomia e independência do Banco Central que segue regras e acompanha todos os indicadores econômicos – inflação, desemprego e crescimento do país. Afinal, não adianta as empresas garantirem dinheiro para ampliar suas estruturas ou produtos se não houver o consumo”, argumenta.
O Relatório Focus, divulgado na semana passada, reduziu a estimativa para a Taxa Selic até o final de 2023. Agora, a projeção é de que a taxa termine o ano em 11,75%. E para 2024, a projeção do mercado é que o juro básico fique em torno de 9% ao ano.
Como a taxa Selic reflete no cotidiano? A mentora Silvia Machado explica que há reações de duas formas: Na primeira delas, positivamente. “Na hora que reduz a taxa básica de juros, diminui também os juros de empréstimos, cartão de créditos e cheque especial”, diz.
A taxa Selic é utilizada para controlar a inflação. “Quando se eleva a taxa de juros básica do país, a ideia é diminuir o consumo. Você vai ao banco fazer um financiamento para comprar um carro, na hora que vê que o custo aumentou, adia esse plano. Então para o consumidor é melhor a redução da taxa de juros. As empresas precisam de empréstimos, pessoas utilizam o crédito como forma de aquisição de produtos, utilizam cartão de crédito e cheque especial”, explica Silvia.
Em contrapartida, para o investidor reduz a rentabilidade dos produtos de investimentos de renda fixa. “Tesouro Selic vai pagar menos. Papéis de renda fixa atrelados ao IPCA vão pagar menos. O CDB vai ser também influenciado por isso”, afirma.
“Portanto, tem o lado bom, principalmente para o consumidor de crédito, que são empresas, são as pessoas físicas e, essa é uma maneira de ampliar o consumo e mostra que a inflação começa a ficar controlada”, comenta a mentora em finanças.
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