PIB de Minas Gerais cresceu, durante os cinco anos do governo Romeu Zema, acima da média nacional

Em 2023, a participação de Minas no PIB nacional atingiu 9,47% – e é o segundo melhor nível do século XXI – o que coloca o Estado como a 3ª maior economia do país

No acumulado dos cinco anos do governo Romeu Zema, a economia mineira teve desempenho ligeiramente melhor do que a média nacional, superando-a em 0,24%% no período

Pela primeira vez, o PIB estadual supera o patamar de R$ 1 trilhão. Os dados ainda são preliminares e sujeitos a futuras alterações

Carlos Alberto Teixeira de Oliveira*

O desempenho da economia mineira no ano passado pode ter sido novamente melhor do que o do Brasil, pelo segundo ano consecutivo. O Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais atingiu R$ 1.027,6 bilhões (equivalentes a US$ 205,85 bilhões) em 2023, com crescimento real de 3,1% em relação a 2022, superando ligeiramente o avanço do resultado nacional (2,9%), revela estudo contendo estimativas preliminares realizado pela Fundação João Pinheiro (FJP) e divulgada no dia 14 de março. A contribuição do Estado para o desempenho do Brasil foi de 9,47% no ano passado – considerado um dos melhores níveis, mas inferior aos 9,52% obtidos em 2021. Os dados relativos ao desempenho da economia brasileira, em 2023, foram divulgados no dia 1º de março pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que também são separadamente tratados nesta edição.

Do valor total do PIB mineiro em 2023, os serviços responderam por 61,37% (R$ 562,1 bilhões), enquanto a indústria gerou 30,98% (R$ 235,9 bilhões) e a agropecuária, 7,65% (R$ 70,1 bilhões). O setor de serviços registrou expansão de 2,2% e o agropecuário, aumentou 11,1%. A indústria registrou expansão de 3,1%.

De acordo com o IBGE –Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a população brasileira estimada para 1º de julho de 2023 é de 215.998.724 habitantes e São Paulo lidera o ranking nacional como o estado mais populoso do país, possuindo uma população de 46.920.368 habitantes, ou 21,72% do total.  Minas Gerais vem em seguida, ocupando a segunda posição, com uma população de 21.646.641 habitantes – representando 10,02% do total brasileiro. Logo após, vem o Rio de Janeiro, detendo uma população de 17.376.801 habitantes e equivalente a 8,04% do total nacional. Cabe destacar que esta estimativa do IBGE é anterior à realização do Censo 2022. 

 

Nos 23 anos já decorridos deste século XXI, em onze deles a variação da taxa do PIB – Produto Interno Bruto de Minas Gerais teve desempenho pior do que a média nacional (2001, 2006, 2007, 2008, 2009, 2011, 2013, 2014, 2014, 2018 e 2019). Nos demais, a taxa foi positiva e superior – mas não o suficiente para colocar, no acumulado do período, o Estado em uma situação confortável em relação aos demais.  Estudos  do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística revelam que, durante o período de 2002 a 2020 – (últimos dados disponíveis oficialmente) enquanto o PIB brasileiro contabilizou uma expansão média anual de 2,0% e acumulada de 42,0%, o de Minas Gerais aumentou em média 1,6% anualmente e, no acumulado, 34,0% – situando-se o estado na 24ª posição quanto ao desempenho da economia brasileira no período, ficando à frente apenas dos estados do Rio Grande do Norte (32,8%), Rio Grande do Sul (24,3%) e Rio de Janeiro (21,6%), respectivamente.

Já nos cinco anos do governo Romeu Zema – 2019 a 2023, a economia de Minas Gerais conseguiu se desvencilhar do aprisionamento ao já histórico crescimento inferior à média nacional deste século XXI pois, enquanto o PIB brasileiro registrou um aumento médio anual de 1,73% e acumulado de 8,73%, o do estado ficou restrito a uma expansão média anual de 1,78% e acumulada de 8,97% no mesmo período.

Estudos preliminares divulgados pela FJP – Fundação João Pinheiro indicam que o PIB de Minas Gerais em 2023 totalizou R$ 1.027,6 bilhões – equivalente a US$ 205,85 bilhões. É a primeira vez que o PIB de Minas ultrapassa a marca de R$ 1 trilhão. O documento foi apresentado pela Fundação João Pinheiro, responsável pelo cálculo oficial do Produto Interno Bruto do estado, durante apresentação à imprensa, no dia 14 de março último e contou com a presença do governador Romeu Zema. As informações encontram-se no Informativo FJP – Contas Regionais – PIB MG – 4º trimestre de 2023, já disponível no site da instituição. 

Em 2023, a Renda Per Capita dos mineiros foi de US$9.470,35 – inferior à apurada em 2011 – de US$ 11.778,60 e é considerada, ainda, menor do que a média nacional de US$ 10.063,31, verificada no mesmo ano.

Os dados relativos aos anos de 2022 e de 2023 são ainda considerados preliminares e estão sujeitos a futuras revisões.

Na íntegra, é a seguinte a nota divulgada pela FJP-Fundação João Pinheiro:

Impulsionado pelo crescimento em todas as atividades econômicas no último ano, Minas Gerais encerrou 2023 com o maior Produto Interno Bruto (PIB) da sua história. Pela primeira vez, o Estado superou, em preços correntes, a casa de R$ 1 trilhão (R$ 1,028 trilhão), um avanço real de 3,1% na geração de riquezas frente a 2022. Os dados foram divulgados, no dia14/3, pelo governador Romeu Zema e o vice Professor Mateus, com a Fundação João Pinheiro (FJP), responsável pelo estudo.

O desempenho de Minas Gerais ficou acima da média do país, que foi de alta de 2,9%, confirmando que as políticas públicas de fomento ao desenvolvimento econômico do Governo do Estado estão no caminho certo. No ano passado, a fatia mineira no PIB nacional fechou em 9,5%, o que coloca o estado em 3º lugar entre todos os outros, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro.

Para o governador Romeu Zema, a marca de R$ 1 trilhão do PIB confirma o empenho da atual gestão em impulsionar a economia do Estado, por meio da atração recorde de investimentos conquistada nos últimos anos, cenário que também favorece a geração de empregos e o aumento da renda da população mineira.

“É uma marca extremamente relevante para o Estado e está de acordo com aquilo que nós sempre falamos: é preciso melhorar a saúde, a educação, a segurança, a infraestrutura. Mas o mineiro quer também ter emprego, ter melhoria na renda. A atração de investimentos tem um papel fundamental neste processo. Temos R$ 390 bilhões atraídos na nossa gestão. Só para efeitos de comparação, o governo anterior atraiu R$ 26 bilhões. É uma mudança de patamar total. Diante disso, a nossa meta até o final de 2026 é gerar um milhão de empregos. Já estamos na casa dos 750 mil empregos e vamos chegar lá”, diz o governador.

O vice-governador Professor Mateus ressaltou a evolução da participação do PIB de Minas em relação ao país, tendo registrado crescimento de 0,8 ponto percentual na parcela mineira da produção de riquezas do Brasil, desde o início da atual gestão.

“A gente recebe o Estado com a economia mineira representando 8,8% do PIB brasileiro. Hoje, estamos em 9,6% de participação. Esse crescimento é muito importante porque demonstra a capacidade de Minas Gerais atrair investimentos e gerar oportunidades, mesmo tendo passado por uma grave crise que afetou todo o mundo durante a pandemia de 2020. Tivemos mudança de cenário econômico e continuamos progredindo. Ficamos felizes de ver essa participação aumentar”, avalia o vice-governador.

Líderes de crescimento

De acordo com os dados da FJP em relação ao PIB de Minas Gerais, em 2023 a Agropecuária foi o setor que mais cresceu percentualmente, 11,5%, seguida da Indústria (3,1%) e Serviços (2,2%).

“Tivemos o setor agropecuário com o aumento de volume de produção, com as principais culturas apresentando acréscimo. Na indústria extrativa mineral, houve um crescimento importante na produção do minério de ferro com as principais empresas do setor. Ainda na indústria, outro destaque foi o segmento de Energia e Saneamento, que, com o aumento das temperaturas e do consumo de energia, elevou a geração de eletricidade. Nesse aspecto, houve crescimento robusto na produção de energia solar fotovoltaica, onde tivemos uma série de investimentos nos últimos anos no estado”, analisou o pesquisador da Coordenação de Contas Regionais da FJP, Thiago Almeida.

Apesar do menor avanço dos Serviços, o peso do crescimento do setor na geração de riquezas do estado é significativo. Isso porque o segmento representa quase dois terços da economia mineira. Ele inclui as atividades de comércio, transportes, administração pública e outros serviços.

O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), Fernando Passalio, avalia que a expansão da economia mineira resulta do esforço conjunto e diário do Governo de Minas para consolidar o estado no lugar de destaque que merece no país.

 

“Nos últimos cinco anos, e agora entramos para o sexto, temos buscado, intensamente, impulsionar o desenvolvimento econômico mineiro. Para isso, são constantes os esforços para estruturar o nosso estado e atrair investimentos privados para Minas Gerais. E é isso que temos feito por meio de ações conjuntas, orquestradas pelo governador Romeu Zema e o vice Professor Mateus. Os números do PIB reiteram que Minas Gerais avança no caminho certo”, afirmou.


Geração de energia e de riquezas

Na produção industrial estadual, um dos destaques no ano passado, que reflete o intenso trabalho de estímulo do Governo de Minas ao desenvolvimento econômico e responsável, foi o setor de Energia. No período, a geração de eletricidade no território mineiro, em GWh, apresentou crescimento de 15,8% frente a 2022. No confronto com o trimestre imediatamente anterior, também houve alta, de 16,7%.

Na comparação anual, o aumento da geração ocorreu nas usinas de Furnas, de Peixoto/Mascarenhas de Morais, Marimbondo, Porto Colômbia, Três Marias, Nova Ponte e Água Vermelha, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico.

Desde 2019, o Governo tem mostrado o compromisso de conduzir Minas no processo da transição energética, com a geração de energia por meio de fontes limpas e renováveis. Uma das políticas públicas de destaque da atual gestão, neste sentido, é o Projeto Sol de Minas, executado pela Sede-MG, e que explica o sucesso do estado na geração solar fotovoltaica.

O subsecretário de Atração de Investimentos e Cadeias Produtivas, Frederico Amaral e Silva, reforça ainda que o crescimento da geração de energia limpa no estado tem a ver não só com o desenvolvimento da energia solar, mas com o de outras matrizes de energia de fontes limpas, salutares para o processo de transição energética em todo o mundo.

“Em Minas, já são mais de 7 GW de geração de energia solar, sendo que fomos o primeiro estado brasileiro a atingir a marca, já em 2024, de 4 GW de geração centralizada. Isso significa que 20%, ou seja, um quinto de toda a energia gerada em Minas pela nossa matriz elétrica é proveniente de fonte solar. Os números são frutos dos esforços desta gestão para impulsionar essa cadeia produtiva e dar a este setor todo respaldo e apoio necessários para que ele possa se desenvolver”, explica o subsecretário da Sede-MG.

Liberdade econômica atrai investidores

Na comparação do quarto trimestre de 2023 com igual intervalo em 2022, Minas também registrou expansão real na atividade econômica, que foi de 2,6%. Houve aumento das quantidades produzidas tanto na agropecuária quanto nas indústrias e nos serviços. Frente ao trimestre imediatamente anterior na série com ajuste sazonal, verificou-se recuo de 0,5%.

O estímulo à atividade econômica mineira ao longo de todo o ano resulta também da implantação dos princípios da Lei de Liberdade Econômica, por meio do Programa Minas Livre Para Crescer, na região. O objetivo da atual gestão é transformar Minas Gerais no estado mais livre para se empreender no Brasil.

De 2019 até agora, o Governo do Estado já atraiu mais de R$ 391 bilhões em investimentos privados, em protocolos que representam a criação de mais de 194,3 mil empregos diretos.

Os principais setores contemplados são: Infraestrutura (R$ 90 bilhões), Mineração (R$ 85,7 bilhões), Energia Solar (R$ 74,9 bilhões), Ferroviário (R$ 33,6 bilhões), Automotivo e Autopeças (R$ 26,1 bilhões), Sucroenergético (R$ 12,4 bilhões), Minerais Críticos (R$ 9,8 bilhões), Outras Energias (R$ 7,2 bilhões), Siderurgia (R$ 6,4 bilhões) e Embalagens (R$ 5,8 bilhões).

 

Na avaliação do secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Thales Fernandes, o bom desempenho do setor agropecuário no estado se deve ao aumento, no ano passado, da produção de algumas culturas relevantes no estado, especialmente o café.

Foi um ano de bienalidade positiva, característica da cultura do café, que alterna anos de safra boa com outra de produção menor. Em 2023, o crescimento foi em torno de 7 milhões de sacas. Houve aumento também no milho de segunda safra, soja e cana-de-açúcar”, destacou.”

*Carlos Alberto Teixeira de Oliveira é Administrador, Economista e Bacharel em Ciências Contábeis, com vários cursos de pós graduação no Brasil e exterior. Ex-Executive Vice-Presidente e CEO do Safra National Bank of New York, em Nova Iorque, Estados Unidos. Ex-Presidente do BDMG-Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais e do Banco de Crédito Real de Minas Gerais; Foi Secretário de Planejamento e Coordenação Geral e  de Comércio, Indústria e Mineração; e de Minas e Energia do Governo de Minas Gerais; Também foi Diretor-Geral (Reitor) do Centro Universitário Estácio de Sá de Belo Horizonte; Ex-Presidente do IBEF Nacional – Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças e da ABDE-Associação Brasileira de Desenvolvimento; Atualmente é Coordenador Geral do Fórum JK de Desenvolvimento Econômico; Presidente da ASSEMG-Associação dos Economistas de Minas Gerais.  Presidente da MinasPart Desenvolvimento Empresarial e Econômico, Ltda. Vice-Presidente da ACMinas – Associação Comercial e Empresarial de Minas. Presidente/Editor Geral de MercadoComum. Autor de vários livros, como a coletânea intitulada “Juscelino Kubitschek: Profeta do Desenvolvimento”.

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