Mercado da moda belo-horizontino é diverso e se mostra resiliente frente às adversidades

O departamento de Estudos Econômicos da Fecomércio MG divulga estudo sobre o mercado da moda na capital mineira, apresenta um panorama do setor desde 2006, com todo o seu no hall e representatividade somada as dificuldades para continuar concorrendo com o mercado de produtos importados.

Ao examinarmos o setor da moda na capital mineira, é notável a evolução ocorrida ao longo do tempo. Diante dos desafios que incluem a transformação do mercado e a concorrência desproporcional com o mercado externo, prejudicando a competitividade devido aos custos de produção, a falta de investimentos, a carência de mão de obra qualificada e a necessidade de políticas que direcionem a atenção para o setor, é fundamental destacar a relevância e resiliência desse mercado. Apesar da diversidade e das adversidades enfrentadas, a indústria da moda vem se reinventando e contribuindo de maneira significativa para a atividade econômica na capital mineira. O mercado da moda belo-horizontina representa mais de 16% de todas as empresas do comércio e emprega cerca de 10% de todos os profissionais formais do comércio.

Diante dessas dificuldades e dos números que evidenciam a intensa pressão das transformações de mercado e da competição internacional desleal sobre o setor, torna-se imperativo que analisemos esses dados com o propósito de elaborar medidas que permitam ao nosso mercado de moda recuperar o seu protagonismo. Portanto, é essencial discutir o ponto em que nos encontramos e como estamos sendo impactados pelo mercado externo, bem como traçar estratégias para restaurar a nossa preponderância na indústria da moda.

O segmento tem sido fortemente impactado com as mudanças decorrentes desse mercado. Como podemos observar ao analisar os dados do setor de moda, que vão desde a queda da representatividade empresarial do setor até a extinção de postos de trabalho formais, a diminuição na aquisição de equipamentos e insumos, bem como o aumento da importação de itens de moda nos últimos anos.

O mercado em Belo Horizonte passou por uma notável transformação no período compreendido entre 2006 e 2021. Fica evidente a criação de mais de 43 mil empresas, com variações significativas em diferentes setores.

Mercado da moda belo-horizontino é diverso e se mostra resiliente frente às adversidades .
Mercado da moda belo-horizontino é diverso e se mostra resiliente frente às adveràsades.

 

No que diz respeito ao mercado de moda na capital mineira, identificam-se mudanças expressivas ocorrendo em dois momentos distintos: o primeiro abrange o período de 2006 a 2013, e o segundo de 2014 a 2021. Na primeira fase analisada, houve a criação de mais de 2.516 novas empresas, com o setor terciário liderando o crescimento ao estabelecer 2.719 novos empreendimentos, enquanto o setor industrial registrou a extinção de cerca de 203 empresas. Por outro lado, o segundo período mostra a redução de 3.607 empresas no segmento da moda, com o comércio sofrendo o fechamento de 2.815 estabelecimentos, o setor industrial perdendo 740 empresas e os serviços sendo afetados com o fechamento de 52 empresas.

Durante o período de 2006 a 2021, o mercado da moda registrou o desaparecimento de 9.900 empregos formais na capital mineira. O segmento industrial foi particularmente o mais impactado, com uma redução de 5.892 postos de trabalho, enquanto o setor comercial testemunhou a perda de 4.025 empregos.

Ao olharmos para o cenário de importação no estado de Minas Gerais, é evidente a transformação ocorrida nos últimos anos, mesmo em meio ao período da crise da Covid-19, iniciada no primeiro trimestre de 2020. Em valores nominais, o ano de 2021 já aponta um crescimento de 118% em relação ao ano de 2020, seguido por um aumento de mais de 80% em 2022. Nos primeiros 8 meses do ano corrente, já registramos um crescimento de 70% em relação ao ano anterior, já contabilizando mais de 184 milhões de dólares em importações em 2023.

Em contraste, as importações de maquinário e equipamentos para o segmento de moda permanecem praticamente estáticas nos últimos anos, com uma mediana de 5,4 milhões de dólares no período de 2015 a 2020, sugerindo um enfraquecimento tecnológico no mercado produtivo da moda, uma vez que, em períodos anteriores, essa mediana era quase três vezes superior.

Quando olhamos para as unidades de importação, identificamos que desde o ano de 2020 o segmento vem crescendo consideravelmente. Nos últimos 44 meses, houve a importação de 7,8 milhões de unidades de vestuário, e no mesmo período, as importações de pares de sapatos superaram os 8,1 milhões de pares de calçados. Nos primeiros 8 meses do ano atual, já registramos um crescimento de 170% em relação aos 12 meses imediatamente anteriores.

Com as análises apresentadas, é notável o quanto o setor tem sofrido ao longo da última década. Diante da necessidade de um olhar mais pragmático sobre um setor de extrema importância para a sociedade em geral, precisamos nos organizar para traçar estratégias e planejamentos com o propósito de incentivar o nosso setor de moda e criar medidas que envolvam o governo, a fim de requerer apoio para o desenvolvimento de políticas que incentivem a indústria local, promovam a produção sustentável e a exportação. Precisamos também incentivar a inovação no uso de novos materiais e designs diferenciados, fortalecer os nossos designers locais com campanhas e eventos de moda que atraiam visibilidade para o nosso mercado, além de promover colaborações estratégicas para criar sinergia e trocas de conhecimento e experiência no mercado da moda. Não podemos esquecer de fortalecer os investimentos em educação e treinamento para melhorar a gestão de negócios.

Contudo, temos uma grande oportunidade no mercado da moda para desenvolver e reestabelecer a nossa característica única desse mercado e contribuir com todo o sistema envolvido, fazendo com que o setor da moda volte a circular e recupere a sua sustentabilidade.

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais é a maior representante do setor terciário no estado, atuando em prol de mais de 740 mil empresas mineiras. Em conjunto com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), Sesc, Senac e Sindicatos Empresariais, a Fecomércio MG atua junto às esferas pública e privada para defender os interesses do setor de Bens, Serviços e Turismo, a fim de requisitar melhores condições tributárias, celebrar convenções coletivas de trabalho, disponibilizar benefícios visando o desenvolvimento do comércio no estado e muito mais.

Há 84 anos fortalecendo e defendendo o setor, beneficiando e transformando a vida dos cidadãos.

Mercado da moda belo-horizontino é diverso e se mostra resiliente frente às adversidades
Mercado da moda belo-horizontino é diverso e se mostra resiliente frente às adversidades

MERCADOCOMUM estará circulando em dezembro com uma edição especial impressa e outra eletrônica trazendo matérias sobre os premiados, as empresas/instituições e personalidades, destacando a relevância da premiação para a economia e o desenvolvimento de Minas Gerais. Cabe ainda ressaltar a importância da realização desse evento, que reúne expressiva parcela formadora do PIB mineiro e obtém ampla repercussão da mídia em geral. Nesta edição especial constará o descritivo do XXVII Ranking de Empresas Mineiras, listando-se as “500 Maiores Empresas de Minas – 2023” – em ordem alfabética, por setor econômico, receita operacional líquida, resultado, patrimônio líquido e ativos totais.

MercadoComum, ora em seu 30º ano de circulação e em sua 324ª edição é enviado, mensalmente, a um público constituído por 118 mil pessoas formadoras de opinião em todo o país, diretamente via email e Linkedin, Whatsapp/Telegram, além de disponibilizar, para acesso, o seu site www.mercadocomum.com, juntamente com as suas edições anteriores. 

De acordo com estatísticas do Google Analytics Search a publicação MercadoComum obteve – no período de outubro de 2022 a agosto de 2023 – 9,56 milhões de visualizações – das quais, 1.016.327 ocorreram de 14 de agosto a 10 de setembro/2023.

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