“Sabeis que a Paz não se entende meramente como ausência de guerra ou de efusão de sangue. Sabeis que a Paz envolve também isto, mas, acima disto, é uma atitude do espirito, um harmonioso equilíbrio, dentro de nós, fora de nós, é compreensão, é fraternidade é serenidade.
Se pedimos Paz, força é diligenciarmos por merecê-la, força é não esquecermos o que nos cumpre fazer de nossa parte, para que sejamos ajudados pelo Redentor do Mundo. O homem é um colaborador de Deus, um agente da Criação.
Que cada um de nós, no Brasil, em cada momento de sua vida, faça pela Paz algo que prepare a Paz. O homem político, esforçando-se para que as divergências e controvérsias, que são da essência mesma da democracia, não resvalem do plano democrático, não criem antagonismos que desintegrem as instituições, não separem, pelo ódio, a nação em dois campos.
O chefe de empresa, ao satisfazer aos legítimos impulsos que levam o homem a criar, a agir, a afirmar-se, que não se esqueça dos direitos e das necessidades daqueles que lhe dão o seu esforço anônimo.
O trabalhador, ao defender as suas prerrogativas, as suas justas aspirações, que não olvide que o caminho da luta de classes só pode levar à ruína comum de todos e, sobretudo, à ruína desse bem sem preço que é à liberdade.
O funcionário, o intelectual, o artista, o homem de campo, todos quantos, enfim, compõem as forças da inteligência e do trabalho, da cultura e da produção, cada qual se esmere em cumprir a sua tarefa com fervor, para que esta nação, que tanto espera do nosso amor ê do nosso esforço, possa vencer galhardamente as dificuldades que estorvam a sua marcha para um grande e nobre destino.
Do que pela minha parte tenho feito, com diuturno zelo, pela Paz e pela prosperidade do nosso povo, em breve darei minuciosa conta, ao completar dois anos de governo. Apenas vos direi, por agora, que alavancas mestras foram movidas, providências básicas foram tomadas para que o Brasil se desvencilhe, em definitivo, de tudo quanto ainda lhe entrava a plena expansão. Já estão à vista os frutos deste labor sem trégua, no qual, a meu lado, se vem empenhando toda a nação, pelas suas forças mais atuantes, pelas suas energias mais vivas”.
(Trecho da Mensagem de Natal ao povo brasileiro, realizada no Retiro dos Artistas e transmitida pela “Voz do Brasil” – Rio de Janeiro – DF – em 25 de dezembro de 1957)
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