Mais de 1,6 milhão de brasileiros podem ser consumidores laranjas
Mais de 1,6 milhão de brasileiros podem ser consumidores laranjas
Mais de 1,6 milhão de brasileiros podem ser consumidores laranjas

Criminosos compram os dados desses perfis laranjas para cometer fraudes. Golpes geraram prejuízo ao sistema financeiro de R$ 2,5 bilhões em 2022

Um estudo inédito da Serasa Experian identificou que, atualmente, mais de 1,6 milhão de brasileiros podem ser considerados laranjas. Pessoas laranjas são aquelas que emprestam (mediando pagamento ou não) seus dados pessoais, como nome, CPF e conta bancária, para que outras pessoas registrem bens ou movimentem dinheiro sem serem identificadas. 

A conta laranja tem como objetivo a lavagem de dinheiro ou enriquecimento ilícito e é considerada crime. Um dos motivos para esse aumento na quantidade de perfis laranjas é a dificuldade de identificar essas pessoas, pois seu perfil se assemelha aos dos proprietários de contas legítimas ou, muitas vezes, são de usuários legítimos. De todas as contas laranjas, 70% são contas alugadas com consciência ou coparticipação do titular. O restante são vítimas que têm seus dados roubados.

De acordo a estimativa do Banco Central (BC), os golpes no sistema financeiro brasileiro bateram a marca de R$ 2,5 bilhões de prejuízos em 2022. Em virtude desse alto valor, o BC sinalizou no mesmo ano que estuda responsabilizar bancos por transações fraudulentas envolvendo ‘contas laranjas’.

Entenda quem é quem na fraude laranja:

Criminosos: Fraudadores que aliciam pessoas, compram seus dados e os utiliza para fins ilícitos, como aquisição de bens ou empréstimos com intenção de não pagar ou abertura de contas bancárias para realizar lavagem de dinheiro. Os fraudadores também usam dados vazados ou roubados para criar uma conta laranja, além de invadirem contas com objetivo de fraudes bancárias.

Laranja amigo/familiar: emprestam seus dados para os fraudadores, muitas vezes sem nem saber como e para que serão utilizados. Há casos em que a pessoa tem seus dados roubados para que um amigo ou familiar crie uma conta bancária e a movimente.

O que quer dinheiro fácil: indivíduo que vende ou empresta seus dados para ser utilizado para finalidade de fraude e recebe benefícios em troca. Neste caso, há dois tipos de perfis: o doador de dados e o gestor de dados.

Vítima: pessoa que teve seus dados roubados e utilizados para abertura de atividades laranja sem conhecimento.

Quem está mais exposto a sofrer golpe com contas laranjas?

Geralmente, as pessoas mais sujeitas a sofrerem este tipo de golpe são pessoas sem históricos no mercado de crédito, trabalhadores informais, jovens negativados, idosos, pessoas com baixo nível de escolaridade e moradores de regiões com baixa infraestrutura.

Como ocorre a parceria com os criminosos?

– Abertura de nova conta: o usuário empresta ou vende os dados para o fraudador criar uma conta.

– Conta existente: o usuário aluga ou faz a gestão da conta.

– A movimentação financeira pode ser realizada pelo usuário ou pelo fraudador. Ou seja, neste tipo de fraude nem sempre o cliente da instituição financeira é a vítima, pois ele pode estar envolvido no crime. A conta laranja também é utilizada para emitir cartões de crédito, fazer compras, solicitar empréstimos e para transferências de dinheiro de origem ilícita via Pix.

“O Pix tem sido um mecanismo de golpes de contas laranjas, pois facilita ao fraudador realizar múltiplas transferências de valores para diferentes instituições financeiras instantaneamente, o que torna difícil rastrear os montantes. Por isso, é importante que empresas, consumidores e organizações atuem juntos, com meios de proteção em camadas, para combater à fraude”, diz o diretor de Produtos de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, Caio Rocha.

Como os consumidores podem se proteger?

1)   Os seus dados são exclusivamente seus.

2)   Jamais venda seus dados.

3)   Jamais permita que um amigo ou familiar utilize seus documentos e conta bancária como se fosse você.

4)   Garanta que seu documento, celular e cartões estejam seguros e com senhas fortes para acesso aos aplicativos;

5)   Cadastre suas chaves Pix apenas nos canais oficiais dos bancos, como aplicativo bancário, Internet Banking ou agências;

6)   Não forneça senhas ou códigos de acesso fora do site do banco ou do aplicativo;

7)   Monitore o seu CPF com frequência para garantir que não foi vítima de qualquer fraude do Pix.

Como as empresas podem evitar esse tipo de fraude?

O combate a esse tipo de crime deve ser feito também pelas empresas, que sofrem com os prejuízos causados pelos golpistas. “Em virtude da urgência do tema, criamos uma solução analítica pioneira no mercado que atua em diversas etapas da jornada do cliente, como na abertura de uma conta, gestão de carteiras ou transação. É possível utilizar essa tecnologia para se proteger e identificar o laranja, evitando prejuízos financeiros, reputacionais e possivelmente regulatórios relacionados a esse tipo de golpe sem perder o foco na experiência e segurança do cliente final”, explica o executivo.

1) Tenha uma estratégia de autenticação contínua para identificar perfis de risco.

2) Valide os riscos durante a criação de contas online.

3) Faça gestão na identificação e monitoramento de bases de clientes.

4) Faça gestão transacional, isto é, a detecção de possíveis laranjas em transações e operações digitais.

5) Verifique cadastros. Contar com uma base de dados do cliente é essencial para reforçar a segurança de operações online. 

6) Consulte o perfil do seu cliente. Conhecer o cliente é, sem dúvida, uma das maneiras mais eficientes de se evitar fraudes online. Quando a empresa é capaz de avaliar o histórico do consumidor no mercado, status do seu CPF ou CNPJ, os seus hábitos e a existência de pendências em seu nome, por exemplo. Fica muito mais fácil e seguro avaliar os riscos de uma operação.

Metodologia

O estudo é resultado do cruzamento de dois conjuntos de informações das bases de dados da Serasa Experian: 1) consultas de CPFs efetuadas mensalmente na Serasa Experian; 2) estimativa do risco de fraude, obtida por meio de modelos probabilísticos desenvolvidos pela Serasa Experian.

Acesse: mercadocomum.com

 

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