Autor: Paulo Tarso de Almeida Paiva*
Biden (democrata) ficou, mais uma vez, desacreditado, quando afirmou que “o caminho para manter Trump fora do Salão Oval é nas urnas”. As urnas recolocaram o republicano de volta à Casa Branca, para presidir os Estados Unidos no quadriênio 2026-2029. O resultado não deixa dúvida sobre o desejo do eleitor americano de mudanças, desconsiderando, inclusive, sua condenação por um júri popular, que o julgou culpado em 34 condenações, cujas sentenças deverão ser proferidas no final do mês. A relação de Trump com atriz pornô e seu suborno não causaram comoção naquele país, pois Clinton (democrata), no exercício do mandato, abusou sexualmente de uma jovem assistente e não foi condenado.
Entre as várias motivações dos eleitores para votar no republicano, destaco a questão dos imigrantes. Não foi um simples registro a afirmação de Trump em seu discurso, após o resultado da eleição, de que vai “consertar nossas fronteiras”, mas sim a expressão real de seu compromisso em impedir a entrada de imigrantes, oriundos da América Latina, e de deportar em massa os ilegais, usando a justificativa da segurança.
São dois os fatores principais que expulsam os latino-americanos de seus países, o medíocre desempenho de suas economias, incapazes de absorver produtivamente os jovens, e a expansão do tráfico de drogas e do crime organizado, que controla parte considerável do território da região.
Guardadas as diferenças de tempos históricos distintos, relembro que, em maio de 1958, em plena Guerra Fria, o vice-presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, em visita oficial ao Peru e à Venezuela, foi hostilizado, com ameaças à sua integridade física e de sua esposa. Clima de tensão nas relações dos EUA com a região.
JK, então presidente do Brasil, desprezando os procedimentos protocolares do Itamaraty e sem ouvir seu ministro das Relações Exteriores, enviou uma carta ao presidente Eisenhower, expressando sua solidariedade a ele, ao vice-presidente e ao povo americano pelos acontecimentos e alertando a autoridade máxima daquele país ser aquele o momento oportuno para rever os fundamentos da política de entendimentos na região. O governo norte-americano assegurava que o caso da América Latina era de segurança, como faz Trump, hoje. JK, ao contrário, dizia que o problema era fome, miséria, falta de emprego; assim, a região não precisava de armamentos e soldados, mas de apoio para seu desenvolvimento econômico e social. Desse diálogo, nasceram a Operação Pan-Americana e o BID (Ronaldo Costa Couto, “A História Viva do BID e o Brasil”, 1999).
Nos tempos atuais, em manifestação protocolar, Lula, pelo X (ex-Twitter), de propriedade de Elon Musk, financiador da campanha de Trump, parabenizou o presidente eleito, alertando que “o mundo precisa de diálogo e trabalho conjunto para termos mais paz, desenvolvimento e prosperidade”. Que falta fazem a antevisão e a ousadia de JK.
*Ex-ministro do Trabalho e do Planejamento
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