O movimento começou não há muito tempo, mas vai muito bem. Foi o que se verificou nas palestras realizadas no II Seminário Internacional de Sustentabilidade Empresarial, promovido pela Cemig e pela Apimec MG e realizado em Belo
Horizonte, no final de fevereiro passado, reunindo mais de duas centenas de analistas e profissionais de empresas ligados ao tema.
Trata-se da associação direta do conceito de sustentabilidade socioambiental aos investimentos financeiros e resultados
das organizações. Hoje, já não há dúvida de que o tema veio para ficar. “Antes vistas como poesia, de interesse apenas
para ecologistas, as questões ligadas à sustentabilidade são cada vez mais consideradas no mundo dos negócios pela
sua capacidade de afetar fortemente reputações das empresas e seus resultados financeiros”, segundo disse no evento
Sônia Favaretto, diretora da BM&FBovespa.
Para Favaretto, que coordena o ISE, índice de sustentabilidade da bolsa de valores brasileira, a terceira maior do mundo, os investimentos socialmente responsáveis (SRI) consideram que empresas sustentáveis geram valor para o acionista no longo prazo e estão mais preparadas para enfrentar riscos econômicos, sociais e ambientais, como ocorreu nas duas últimas crises econômicas mundiais. Essa demanda veio se fortalecendo ao longo do tempo e hoje é amplamente atendida por vários instrumentos financeiros no mercado internacional.
A opinião foi compartilhada por Jvan Gaffuri, da SAM Research AG, instituição suíça com presença global e que abastece
com suas análises, entre outros, o índice mundial Dow Jones de sustentabilidade. Para ele, nem sempre, porém, os investidores estão propensos a investir em boas práticas socioambientais, mas as empresas líderes acreditam nessa idéia e por isso mesmo têm vantagem competitiva no mercado em que atuam, conseguindo melhor desempenho financeiro e até menor custo para obtenção de capital.
Já a espanhola Blanca Vega, da Sustainalytics (Canadá), afirmou que as análises de sustentabilidade são consideradas
indispensáveis pela maioria dos fundos de pensão e fundos de investimento na Europa. Elas extrapolam o universo das
bolsas de valores, abrangendo também os países onde se situam, pois os investidores europeus sabem que as empresas podem ser bastante afetadas por políticas e regulações governamentais e práticas relativas a meio ambiente e mudanças climáticas, relações trabalhistas, cadeia de suprimentos, entre outros fatores.
No Seminário, Richard Vögeli, da Fondation Guilé (Suiça), afirmou que a sua instituição tem investido em projetos
socioambientalmente responsáveis no Brasil e que o importante é que as organizações relatem sempre as
suas práticas, balisando e abastecendo com informações confiáveis os responsáveis pelas decisões de investimento.
Vögeli completou que a integridade empresarial (“fazer o que se fala”) é indispensável perante a sociedade e um fator
decisivo para conseguir a lealdade dos empregados e atrair os melhores talentos.
Finalmente, sempre é útil lembrar as idéias de Jeffrey D. Sachs, professor de economia e diretor do Instituto Terra da
Columbia University, EUA. Segundo ele, desenvolvimento sustentável significa atingir um crescimento econômico que
seja amplamente compartilhado e que proteja os recursos vitais do planeta . E isso exige a mobilização de novas tecnologias, norteadas pelo compartilhamento de valores sociais.
O assunto é tão relevante que a própria ONU, através do seu secretário-geral, Ban Ki-moon, declarou que o
desenvolvimento sustentável está no topo da agenda mundial. Já não há o que discutir. Trata-se, simplesmente,
de implementar práticas sobre as quais todos concordam.
Sustentabilidade socioambiental afeta resultados financeiros das empresas
“Antes consideradas como poesia, de interesse apenas dos ecologistas, as questões ligadas à sustentabilidade socioambiental hoje são cada vez mais consideradas no mundo dos negócios pela sua capacidade de afetar fortemente reputações de empresas e seus resultados financeiros”. A afirmação foi de Sônia Favaretto, diretora da BM&FBovespa, no II Seminário Internacional de Sustentabilidade Empresarial promovido em Belo Horizonte, pela Apimec MG e pela Cemig,
com participação de especialistas de vários países.
Segundo Favaretto, que coordena o ISE, índice de sustentabilidade da bolsa de valores brasileira, a terceira maior do
mundo, os investimentos socialmente responsáveis (SRI) consideram que empresas sustentáveis geram valor para o
acionista no longo prazo e estão mais preparadas para enfrentar riscos econômicos, sociais e ambientais, como ocorreu
nas duas últimas crises econômicas mundiais. “Essa demanda veio se fortalecendo ao longo do tempo e hoje é amplamente atendida por vários instrumentos financeiros no mercado internacional”, disse.
A opinião foi compartilhada por Jvan Gaffuri, da SAM Research AG, instituição suíça com presença global e que abastece
com suas análises, entre outros, o índice mundial Dow Jones de sustentabilidade. Para ele, nem sempre, porém, os investidores estão propensos a investir em boas práticas socioambientais, mas as empresas líderes acreditam nessa idéia e por isso mesmo têm mais vantagem competitiva no mercado em que atuam, conseguindo melhor desempenho financeiro e até menor custo para obtenção de capital.
Já a espanhola Blanca Vega, da canadense Sustainalytics, disse que as análises de sustentabilidade são consideradas
indispensáveis pela maioria dos fundos de pensão e fundos de investimento na Europa. Elas extrapolam o universo das
bolsas de valores, abrangendo também os países onde se situam, pois os investidores europeus sabem que as empresas podem ser bastante afetadas por políticas e regulações governamentais relativas a meio ambiente, práticas trabalhistas, mudanças climáticas, cadeia de suprimentos, entre outros fatores.
Richard Vögeli, da Fondation Guilé (Suiça), fundada por ex-empresários do setor de tabaco, afirmou que a sua instituição
tem investido em projetos socioambientalmente responsáveis no Brasil e que o importante é que as organizações
relatem sempre as suas práticas, balisando e abastecendo com informações confiáveis os responsáveis pelas decisões
de investimento. Completou que a integridade empresarial (“fazer o que se fala”) é indispensável perante a sociedade e
um fator decisivo para conseguir a lealdade dos empregados e atrair os melhores talento. “Questões públicas não tratadas de forma transparente se tornam crise e afetam a liberdade decisória das companhias”, disse
Carlos Eduardo Lessa Brandão, do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), questionou a proliferação de
índices existentes em todo o mundo para medir “ratings” de sustentabilidade empresarial que, segundo ele, já passam de uma centena. O representante do IBGC considerou necessário haver uma convergência das metodologias atualmente
empregadas para que as métricas possam se tornar mais transparentes e mais tangíveis as avaliações feitas pelos analistas.
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Donec nec mauris interdum, suscipit turpis eget, porta velit. Praesent dignissim sollicitudin mauris a accumsan. Integer laoreet metus