Com a reeleição de Donald Trump nos Estados Unidos, o mundo volta a se deparar com uma política econômica marcada pelo protecionismo e pela defesa da indústria americana. Para o Brasil, que tem nos EUA seu segundo maior parceiro comercial, a pergunta que ecoa entre analistas e empresários é: estamos prontos para enfrentar os desafios de um “Trump 2.0”?
As políticas protecionistas de Trump, que incluem o aumento de tarifas sobre importações, têm impacto direto em parceiros comerciais estratégicos. Setores como agronegócio, petróleo e indústria manufatureira podem sentir os reflexos de barreiras comerciais mais rígidas. No entanto, o professor universitário e pesquisador André Charone, mestre em negócios internacionais, pondera que o déficit comercial brasileiro com os EUA — o Brasil importa mais do que exporta para o país — pode servir como um amortecedor inicial.
“Os EUA têm mais a perder com barreiras contra produtos brasileiros em setores estratégicos, como o agronegócio”, afirma Charone. Ele ainda destaca que a resposta a essas políticas exige estratégia diplomática e articulação comercial mais robusta.
Empresas brasileiras na linha de frente
Algumas companhias brasileiras já começaram a se adaptar a essa nova realidade. Empresas como Gerdau e Braskem, que possuem operações relevantes nos EUA, enxergam na reeleição de Trump tanto desafios quanto oportunidades. A Gerdau, por exemplo, opera 11 unidades de produção de aço na América do Norte, uma posição que pode favorecer a empresa em um cenário de estímulos à produção local.
“A presença de empresas brasileiras nos EUA será uma vantagem competitiva neste momento, mas o Brasil precisa olhar além das grandes corporações”, pontua Charone. “Pequenos e médios empresários que dependem da exportação precisam de apoio governamental e de estratégias claras para diversificação de mercados.”
O papel da China e a diversificação comercial
Um efeito colateral da postura protecionista dos EUA é o incentivo à diversificação dos parceiros comerciais. Nos últimos anos, a China se consolidou como o principal destino das exportações brasileiras. Com a continuidade de Trump na Casa Branca, a aproximação com o mercado asiático pode ser intensificada.
“Depender excessivamente de dois grandes mercados, como EUA e China, é arriscado”, alerta André Charone. “O Brasil precisa explorar mercados emergentes e regionais, fortalecendo acordos comerciais e criando pontes que garantam maior estabilidade econômica no longo prazo.”
Reformas internas: o verdadeiro desafio
Além dos fatores externos, o Brasil enfrenta desafios internos significativos. A inflação, o déficit fiscal e a necessidade de reformas estruturais continuam sendo entraves para o crescimento econômico. Para Charone, um Brasil economicamente forte internamente é a melhor resposta para cenários de incerteza no comércio global.
“Não há como mitigar os impactos de uma política protecionista sem resolver nossos próprios problemas”, afirma. “O Brasil precisa investir em infraestrutura, educação e inovação para aumentar a competitividade dos nossos produtos no exterior.”
Preparação é a chave
O cenário que se desenha com Trump 2.0 exige do Brasil uma postura pragmática e estratégica. O fortalecimento interno, aliado a uma política externa mais assertiva, será crucial para minimizar os impactos de uma possível guerra comercial.
“Os desafios são grandes, mas o Brasil tem potencial para se posicionar como um ator resiliente no comércio global”, conclui André Charone. “A questão é se teremos a visão e a coragem de fazer o que precisa ser feito.”
Assim, o jogo está em andamento, e o Brasil precisa decidir se será um mero espectador ou um protagonista no cenário econômico global.
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