No cenário doméstico, em meio ao avanço da variante Ômicron no país, continuamos enfrentando problemas no site https://covid.saude.gov.br/ que voltou ao ar há quatorze dias, porém com informações até o dia 21 de dezembro e desde então não foi atualizado. Desde o dia 10 de dezembro as informações referentes ao número de casos e óbitos foram afetadas pelos ataques hackers sofridos pelo Ministério.
Nesse período, estamos capturando informações de casos e óbitos para o país via Conass (Confederação Nacional de Secretarias de Saúde), porém deve ser ressaltado de que a falta de infraestrutura por parte do Ministério da Saúde afeta a divulgação dos dados estaduais.
Mesmo com o nítido crescimento de casos, a subnotificação nos registros ainda existe por conta do sistema instável, que represa os dados nas secretarias de saúde. Ainda é necessário esperar a normalização dos dados por conta do Ministério.
Além do aumento de casos com a inclusão dos dados do Conass, continuamos a observar uma reversão na tendência no total de pessoas internadas no estado de São Paulo, mas nada comparado aos piores momentos da pandemia no primeiro bimestre deste ano.
No cenário internacional, a variante ômicron continua fazendo com que o mundo registre recordes sucessivos de casos diários. Apesar de menos letal (muito também por conta da vacinação), a rápida escalada de casos devido à alta transmissibilidade da variante de alguma forma pode sobrecarregar os sistemas de saúde.
Por estarmos registrando muitos casos, o número de óbitos também começou a crescer.
Nos Estados Unidos, onde a vacinação é heterogênea e mais baixa nos estados majoritariamente republicanos, a curva de casos está próxima dos 700 mil diários e as internações continuam a subir, sobretudo nos não vacinados, como mostra a figura mais abaixo de hospitalizações em Nova York de dados até 18/12/21.
Observamos aumento de casos em diversos países, sobretudo na Europa e na América Latina.
Uma notícia que levanta hipóteses de que a ômicron seja mais branda vem da região menos vacinada do mundo: a África, principalmente a Meridional, que inclui a África do Sul, país que descobriu a variante ômicron. O número de casos já vem mostrando tendências claras de queda na maioria dos países.