Copom eleva Selic em 25 pontos-base e adota retórica hawkish no comunicado

Em reunião do Comitê de Política Monetária – Copom do Banco Central do Brasil realizada no dia 18 de setembro, o Banco Central decidiu elevar a taxa básica Selic em 25 pontos-base, para 10,75% ao ano. A decisão foi unânime – e veio em linha com expectativa largamente preponderante entre as instituições do mercado financeiro.

No comunicado de política monetária, o Copom atribuiu a necessidade de elevar a Selic ao cenário “marcado por resiliência na atividade, pressões no mercado de trabalho, hiato do produto positivo, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas”, o que “demanda uma política monetária mais contracionista”.

De fato, o Copom: (1) indicou que “o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho tem apresentado dinamismo maior do que o esperado, o que levou a uma reavaliação do hiato para o campo positivo”; (2) elevou sua projeção de inflação no cenário de referência, que passou de 3,4% para 3,5% quando considerado o horizonte relevante da política monetária (o 1º trimestre de 2026), situando-se meio ponto percentual acima do centro da meta; (3) continuou a mostrar preocupação com a desancoragem de expectativas inflacionárias.

Nessas circunstâncias, o Copom passou a avaliar que existe uma “assimetria altista em seu balanço de riscos para os cenários prospectivos para a inflação”.

Em relação ao cenário internacional, o Copom apenas alertou que o “ambiente externo permanece desafiador, em função do momento de inflexão do ciclo econômico nos Estados Unidos, o que suscita maiores dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do FED”.

No trecho prospectivo do comunicado, o Copom afirmou que o “ritmo de ajustes futuros na taxa de juros e a magnitude total do ciclo ora iniciado serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerão da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”.

No geral, o comunicado de política monetária apresentou retórica bastante hawkish – jargão de mercado a indicar inclinação para apertar as condições monetárias

O mercado financeiro continua a projetar elevação total de 150 pontos-base para a Selic (incluindo o aumento de 25 pontos recém-promovido) e entende que, por ora, o ciclo se completará com mais dois aumentos de 50 pontos-base, nas reuniões do Copom de 06 de novembro e 12 de dezembro, e um derradeiro aumento de 25 pontos-base na primeira reunião do Copom de 2025.

Ata do Copom esclarece ajuste de 25 pb 

As justificativas para o aumento gradual da taxa Selic estão fundamentadas na vantagem de obter mais informações sobre o comportamento da economia, ao mesmo tempo em que se permite a ativação gradual dos canais de transmissão da política monetária – como crédito, preços dos ativos, taxa de câmbio e expectativas dos agentes -, com o objetivo de levar a inflação para sua meta.

Embora os membros do Copom tenham decidido não oferecer um guidance sobre os próximos passos da política monetária, a análise do cenário inflacionário, que incluiu a revisão da projeção de inflação para março de 2026 para 3,50%, mesmo com o aumento da Selic, sugere uma elevada probabilidade de um novo ajuste de 0,5 ponto percentual em novembro. Ajustes mais vigorosos na taxa de juros são considerados necessários para tornar a política monetária mais restritiva, especialmente em um momento em que a inflação corrente, seja pelo índice cheio ou por diversas medidas de núcleo, permanece acima da meta. Esse cenário, aliado ao dinamismo da atividade econômica, torna mais desafiadora a convergência da inflação à meta estabelecida.

MERCADOCOMUM estará circulando, em dezembro, com uma edição especial impressa e outra eletrônica trazendo matérias sobre os premiados, as empresas/instituições e personalidades – destacando a relevância desta iniciativa para a economia e o desenvolvimento de Minas Gerais. Cabe, ainda ressaltar, a importância da realização desse evento, que reúne expressiva parcela formadora do PIB mineiro e obtém ampla repercussão na mídia em geral. Nesta edição especial constará o descritivo do XXVIII Ranking de Empresas Mineiras, listando-se as Maiores Empresas de Minas – em ordem alfabética, por setor econômico, receita operacional líquida, resultado, patrimônio líquido e ativos totais, entre outros.

MercadoComum, ora em seu 31º ano de circulação e em sua 336ª edição é enviado, mensalmente, a um público constituído por 121 mil pessoas formadoras de opinião em todo o país diretamente, via email e Linkedin, Whatsapp,Telegram, além de estar disponibilizado, para acesso, o seu site www.mercadocomum.com, juntamente com as suas edições anteriores. 

De acordo com estatísticas do Google Analytics Search a publicação MercadoComum obteve – de 31 de agosto de 2023 a 1º de setembro de 2024 – 36,4 milhões de visualizações no acumulado do período.

SEO Muniz – Especialistas em tráfego orgânico Google AI

Planejamento Detalhado de SEO