CBL: tradicional produtora de lítio de Minas Gerais vai expandir operação no estado

Objetivo é dobrar produção de concentrado de espodumênio e triplicar a de compostos químicos

A Companhia Brasileira de Lítio (CBL) planeja expandir suas operações em Minas Gerais. A meta é dobrar a produção de concentrado de espodumênio – de 45 mil toneladas para 90 mil toneladas – e triplicar a produção de carbonato e hidróxido de lítio, saindo de 2 mil toneladas para 6 mil toneladas.

Pioneira na extração, beneficiamento e refino de lítio no país, em operação desde 1991, a CBL opera a mina de Cachoeira, nos municípios de Araçuaí e Itinga, no Vale do Jequitinhonha.

A empresa é a única no Brasil que transforma o minério em compostos químicos utilizados na fabricação de baterias para veículos elétricos. Na planta química da companhia, a cerca de 180 km da unidade de mineração, no município de Divisa Alegre, o concentrado de espodumênio é convertido em compostos químicos de lítio de alta pureza.

A CBL extrai hoje 250 mil toneladas de minério bruto. Para atingir as metas da expansão, seriam necessárias, ao menos, 500 mil toneladas.

O diretor-executivo da mineradora, Vinicius Alvarenga, explica que a expansão ocorrerá na mesma área da extração atual, sem necessidade de abrir novas minas, além da subterrânea, que opera a 250 metros de profundidade.

O objetivo da ampliação é atender ao mercado externo. Até 2020, por exemplo, toda a receita da mineradora vinha da venda de compostos químicos para o mercado nacional, mas desde então essa fatia se reduziu à metade.

Nesse período, a empresa aumentou seu tamanho, saltando de uma receita líquida de R$ 97,6 milhões em 2019 para R$ 783,8 milhões em 2023. No ano passado, a CBL registrou lucro líquido de R$ 369,6 milhões.

“O mercado brasileiro, ao não produzir baterias, acabou ficando muito pequeno. Então, mais da metade da nossa produção de compostos químicos é exportada”, informa Alvarenga. “Onde estamos hoje é fruto de um movimento expansionista para atender ao mercado internacional, já que o brasileiro é totalmente estagnado”, reitera.

A maior parte dos compostos químicos da CBL vai para a Europa, sendo que a Índia é o segundo maior comprador. Nos dois países, o produto é comercializado com produtores de cátodo, parte das baterias. Já o espodumênio vai para a China.

Alvarenga não vê possibilidades de aumento da produção dos compostos químicos, que é um passo seguinte à venda de espodumênio, enquanto não houver demanda interna.

“Só o estabelecimento de produção de baterias é que vai deflagrar mais a produção aqui dentro. E, para isso, a gente tem que ter uma frota de veículos elétricos significativa, incluindo caminhões, ônibus, e até as baterias que atendem às usinas fotovoltaicas”, afirma.

O executivo reclama da ausência de incentivo público. “A gente se depara com a falta de política de Estado, que é o grande mal hoje. A gente é o único grande país sem qualquer política de Estado que incentiva a produção de baterias de íon-lítio”, avalia.

Para achar outros mercados externos para além de Europa e Índia, Alvarenga vê como necessário que uma grande mineradora passe também a vender compostos químicos. 

“[Mas] não sei se esses grandes investimentos interessam a grupos financeiros mais fortes porque a mineração é uma atividade que a remunera muito bem no Brasil, então não sei se esse balanço é tão interessante”, observa.

O diretor-executivo diz que a chegada de novas empresas de exploração do lítio na região deu força a reivindicações antigas da CBL, como melhora na infraestrutura da região e contato com fornecedores. Além da vizinha Sigma, que opera a maior mina de lítio do Brasil, que também tem planos de expansão, há empresas se instalando, como é o caso da Atlas Lithium, que quer iniciar suas operações ainda neste ano.

Alvarenga pondera, contudo, que nem tudo é positivo. Com novas empresas muito maiores na região, atrair mão de obra para os negócios se torna ainda mais difícil, o que impede o avanço dos planos.

“Há um ‘superotimismo’ anunciado na imprensa quanto à possibilidade de avanço desses projetos, mas esses cronogramas são absolutamente impossíveis ou inviáveis. Quem conhece mineração sabe que são datas impossíveis de serem atingidas”, avalia

A CBL não quis fazer parte do programa “Vale do Lítio”, do governador Romeu Zema (Novo), que foi a Nova York no dia 11 de maio para discursar sobre o projeto que atrair mineradoras para 14 cidades da região e estima atrair R$ 30 bilhões em investimentos com a extração do mineral no Jequitinhonha até 2030.

“É normal no mercado que essas junior miners (mineradoras juniores) venham, comecem um projeto e já vendam até antes de estar operando. Mas esse não é o nosso padrão […], a nossa responsabilidade com o negócio é muito divergente da desse pessoal que está falando de Vale do Lítio. Estamos ali há 33 anos e vamos ficar por muito mais tempo”, garante.

A CBL é uma S.A. de capital fechado. Em 2022, o governo Zema vendeu, por R$ 208 milhões, um terço das ações que o estado tinha na empresa para os sócios-fundadores. Na época, o secretário de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Fernando Passalio, disse que “não é função do governo ter empresas” e que a venda foi acertada “porque agora percebemos que a empresa tem mais fôlego para a captação de investidores que possam investir no crescimento da empresa”.

Para Alvarenga, a venda para o governo em 2018, quando o governador era Fernando Pimentel (PT), foi estratégica. “Na época, o segmento de bateria estava nascendo em todo lugar, e a Codemge (empresa do governo mineiro) vislumbrava a produção de baterias de lítio em Minas Gerais, então, a gente procurou um sócio estratégico”, conta. A mudança de governo no ano seguinte, porém, teria tornado o estado um “sócio inerte, sem sentido para a companhia”. (Fonte: Folha de S,Paulo)

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