Atlas descobre nova mineralização de lítio em Minas Gerais e assina protocolo de intenções de investimentos com o governo de Minas

A Atlas Lithium descobriu um novo pegmatito com espodumênio no projeto de lítio Minas Gerais. A empresa avalia que a descoberta, batizada Anitta 4, por representar “um depósito maior” que os atuais focos de sondagem e já planeja nova exploração no ativo que leva o nome do Estado onde está localizado para delimitar seu tamanho.

De acordo com a mineradora, o furo DHAB-290 em Anitta 4 cruzou espodumênio mineralizado começando em 170 metros de profundidade com um comprimento cumulativo de interseção de 43,65 metros.

Já o furo DHAB-289 rendeu um total acumulado de 18,65 metros de espodumênio mineralizado começando em apenas 70 metros de profundidade. A empresa afirmou que os ensaios para as interseções estão pendentes.

Além disso, o atual programa de exploração identificou “vários novos alvos adicionais para sondagem adicional”.

“A descoberta pode representar um depósito maior, consistente com as características geológicas regionais”, disse a Atlas em nota divulgada nesta quarta-feira (20).

A empresa frisou ainda que a descoberta rendeu “intersecções de espodumênio mineralizado visualmente identificáveis com cristais grandes e grossos, consistentes com o que geralmente é considerado de alta qualidade para processamento para produzir concentrado de lítio”.

De acordo com a Atlas, os futuros trabalhos de exploração no projeto Minas Gerais vão se concentrar na delimitação de recursos de Anitta 4, que está aberta ao norte, ao sul e em profundidade. O depósito está localizado na área de Neves do ativo.

O presidente e diretor-executivo da companhia, Marc Fogassa, afirmou estar “emocionado” com o resultado dos “esforços” da equipe que permitiram a identificação de Anitta 4.

“Os resultados até agora indicam que é outra zona mineralizada suficientemente próxima da superfície e, portanto, potencialmente passível de mineração a céu aberto”, salientou ele.

Já o vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios da Atlas, Nick Rowley, afirmou que a descoberta é “mais um passo importante na expansão dos recursos que podem ser explorados economicamente”.

E reforçou que o objetivo da empresa é virar “um produtor de concentrado de lítio de baixo custo e alta qualidade até meados de 2025”.

No dia 22 de setembro, a Atlas formalizou um acordo com o governo de Minas Gerais para o investimento. O governador Romeu Zema (Novo), que assinou o protocolo de intenções junto a companhia, afirmou que os aportes no Vale do Jequitinhonha serão realizados com total compromisso ambiental da empresa e têm o potencial de transformar positivamente a região. 

Já o CEO da Atlas, Marc Fogassa, enfatizou a rapidez com que a empresa planeja iniciar a produção no Vale do Lítio. “Temos um modelo de planta que será trazido pronto para o Brasil e montado no local. Desta forma, nossa expectativa é iniciar a operação em maio de 2024. Mas, antes disso, nós já estaremos gerando empregos com a parte de montagem e instalação”, frisou. (Fonte: Notícias de Mineração Brasil/20.09 – Diário do Comércio 25.09)

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