Produtores rurais mineiros fecharam setembro recebendo uma média de preços 3,56% menor que em janeiro. No acumulado dos últimos 12 meses, a desvalorização dos produtos agropecuários aos produtores chegou a -6%. O levantamento é da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG), em relatório mensal disponível no portal www.sistemafaemg. org.br.
Ao longo de 2013, a variação negativa no Índice de Preços Recebidos pelos produtores rurais (IPR) no estado foi especialmente provocada pela queda nos preços de commodities como sorgo (-26,47%), milho (-27,02%), soja (-9,98%), feijão (-11,9%) e café (-18,91%). Na pecuária, frango e suínos também vêm apresentando decréscimo de preços ao longo do ano (-4,12% e -3,36%, respectivamente).
Por outro lado, outros produtos de presença garantida na mesa dos consumidores alcançaram maior valorização no acumulado do ano, como o arroz (20,91%), a banana (19,96%) e batata (2,49%). Valorização também para outros produtos pecuários, como os ovos (6,41%) e o boi gordo (4,12%). Destaque é o leite, cujo preço ao produtor subiu quase 28,45% de janeiro a setembro.
Perspectivas para o último trimestre
Para o coordenador da Assessoria Técnica da FAEMG, Pierre Vilela, o momento é de otimismo para os pecuaristas com relação aos preços das carnes. Além das exportações tenderem a se manter em bom patamar, com as festas de fim de ano há um aumento de consumo desses produtos.
Itens que mais sofreram com a desvalorização entre janeiro e setembro, as commodities devem ter preços ainda flutuantes neste fim de ano em função das notícias das safras brasileiras. “Há expectativa de maior produção de soja porque já há grande estoque de milho, que tem encontrado dificuldade de armazenamento e escoamento. A soja tem cenário de preços mais confortável e deve flutuar apenas frente às noticias no hemisfério sul”, explica.
Valor da Produção
O Valor Bruto da Produção Agropecuária Mineira (VBP) projeta crescimento de apenas 0,8% em 2013. A renda do setor este ano tem sido assegurada pelo bom desempenho da pecuária, que tem crescimento projetado de 17,6%. Na média geral, o faturamento é puxado para baixo por alguns dos principais produtos do agronegócio, como o café. Mesmo com ligeira queda na produção (-2,9%), os baixos preços alcançados nos mercados internacional e interno resultaram numa renda 30,4% menor que a obtida em 2012.
O coordenador da Assessoria Técnica da FAEMG, Pierre Vilela, explica que as exportações, sobretudo das carnes, têm assegurado os rendimentos na pecuária. A renda bruta na pecuária de corte deverá crescer 24,4% em 2013. Frangos gerarão 16,4% mais e suíno, 21,8%. Outro forte destaque é o leite. Motivado pela seca e queda na captação, atingiu preços recordes e tem faturamento projetado 13,5% maior que em 2012.
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