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A Liberdade no Palácio

Por: Cláudio Rocha Oliveira

 

O poder que inspira a arte e a arte que inspira o poder. É esse o silencioso testemunho que o Palácio da Liberdade, antiga sede de governo do Estado, traz hoje para o povo mineiro. Transformado em museu, aberto a visitações públicas e incorporado ao Circuito Cultural Praça da Liberdade, ele pode, agora, revelar os seus segredos. Se, em outros tempos, sua exuberância serviu de inspiração às tomadas de decisão dos governantes, daqui por diante ela há de inspirar poemas, ensaios estéticos, estudos arquitetônicos e diversas outras iniciativas culturais e artísticas.

Para abrir com chave de ouro essa nova fase, nada melhor que uma publicação de luxo que revele a face mais poética desse patrimônio histórico, datado do final do século XIX. É o que se pode encontrar no livro “Palácio da Liberdade – Arte e beleza no espaço político”, com fotografias de Marcelo Prates e textos de Gabriel Rocha.

Produzido no final de 2012, durante as preparações para a abertura do palácio aos cidadãos, a obra traz ensaios fotográficos que captam a beleza materializada na arquitetura, na ambientação, no mobiliário, nos objetos e no paisagismo da construção, a partir de ângulos inusitados, alguns deles desconhecidos até mesmo para quem já foi presença constante no Liberdade – fato confirmado pelo relato de autoridades que, mesmo tendo frequentado assiduamente as suas dependências, surpreenderam-se ao folhear as páginas do livro. Os textos, hora poéticos, hora informativos, reforçam o caráter lírico das imagens, ao mesmo tempo em que procuram contextualizar o corpo arquitetônico no tempo e no espaço, o que torna a publicação um verdadeiro guia estético-didático para aqueles que visitam o imóvel pela primeira vez.

Realizado através da Lei Rouanet, com patrocínio da Cemig e do Governo de Minas, o livro “Palácio da Liberdade – Arte e beleza no espaço político” marca um momento histórico de encerramento do ciclo político do palácio, contribuindo com a documentação de seu acervo artístico e arquitetônico e, mais ainda, com a sua inscrição definitiva na memória afetiva do estado. Além, é claro, de afirmar o compromisso dos mineiros com a conservação e divulgação do seu patrimônio histórico.

O lançamento aconteceu no dia 5 de setembro no Centro de Arte Popular Cemig.

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