Chegado o Verão, Branco, Rosado e Espumante | Vinho, Gente, Coisas e Adjacências

Autor: Inimá Souza*                                                                                                           

Chegado o verão, Branco, Rosado e Espumante

Está é a orientação para vinhos, quando chega o verão com suas temperaturas elevadas: branco, rosado ou rosé e espumante; e essa ordem nos vinhos não altera o prazer que cada um proporciona ao bebê-lo; graças, principalmente, à refrescância resultante de sua encantadora acidez, que, tanto maior, mais refrescante o vinho.

Nesse quesito, entre os brancos, o Sauvignon Blanc é uma estrela com sua acidez pungente, intensidade aromática sugerindo frutas verdes e ácidas, como, maçã verde, abacaxi, pêssego, toques de ervas finas e flores brancas. Exatamente para preservar-lhe essas características, raramente o Sauvignon Blanc passa por barrica.

Destacado nas mais diversas regiões vinícolas, o Sauvignon Blanc, tem na Nova Zelândia, no Loire e em Bordeaux, linhagens consideradas pelos críticos como as mais icônicas do mundo. Do lado de cá, Brasil, Argentina e Chile, produzem exemplares de apreciação internacional; e, ainda, por aqui, há quase uma unanimidade sobre o Sauvignon Blanc: tem a cara do verão.

A refrescância, como condição no verão, alinha outros brancos. Entre os tantos, Chardonnay – esse mundialmente festejado vinho – cuja acidez, exuberante como nos exemplares de Chablis, ou um pouco mais frutado por estas bandas, é recorrente quando a estação verão esta aí.

Também, Riesling – um pouco menos popular por aqui -, cujo aroma de frutas cítricas e sabores de lima e limão, e logo com grande acidez e refrescância; condições estas que colocam o Vinho Verde (Verde é o nome do vinho), o mais tradicional vinho de Portugal –, com a sua alta acidez, entre as preferências do verão.

O vinho rosado ou rosé, igualmente, é vinho para o verão – nem todos, é verdade -. Por suas características, situa-se entre o branco e o tinto e, assim, muitos trazem a acidez e frescor de um vinho branco; especialmente, os originados de climas mais frios. A França é, reconhecidamente, o paraíso do rosé, mas, outras regiões, o produzem, com ótima qualidade.

O espumante é imbatível quanto a acidez e frescor, que, pode-se afirmar, são da sua essência, qualquer que seja a sua origem ou nome: mousseux, na França – Champagne é Champagne -, cava, na Espanha, spumante, na Itália, sekt, na Alemanha, sparkling wine, nos Estados Unidos; ou simplesmente espumante, em outras latitudes.

A apreciada leveza do espumante – que é presente na maioria -, em geral, não lhe diminui o frescor, assim como o método adotado na sua produção, seja o tradicional – a segunda fermentação ocorre na garrafa – ou o charmat – a tomada de espuma acontece em cubas de aço inox -.

 No tocante à leveza, uma observação cabe em relação ao espumante rosado: é comum encontrá-lo com mais corpo e estrutura que o espumante branco. Nada, porém, que o afaste do elenco de vinhos para o verão.

Sendo esses vinhos, companheiros na praia, na piscina e nas tardes ensolaradas, à mesa, todos são insuperáveis parceiros para as tradicionais comidas do Verão: leves e refrescantes. Tal e qual.

Tim, tim.

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